O naufrágio de uma lancha que transportava passageiros da Ilha do Marajó para Belém nesta quinta-feira (8) deixou 11 pessoas mortas e 8 desaparecidas. A embarcação transportava 82 pessoas e 63 conseguiram ser resgatadas com vida, informou o Governo do Pará durante coletiva de imprensa. As buscar foram suspensas no começo da noite e serão retomadas pela manhã.
A lancha não possuía autorização para transporte intermunicipal de passageiros e saiu de um porto clandestino, segundo a Agência de Regulação e Controle dos Serviços Públicos do Estado do Estado do Pará (Arcon-Pa).
Os bombeiros procuram por desaparecidos com apoio de mergulhadores. Ao menos nove embarcações e um helicóptero também são usados nas buscas.
Imagens que circulam em redes sociais e gravadas por um passageiro mostram quando a água começa a entrar no barco. A Marinha diz que vai investigar o naufrágio.
Confira, abaixo, o que se sabe e o que falta saber sobre o caso.
Onde ocorreu o naufrágio?
A embarcação estava irregular?
Quantas pessoas estavam na embarcação quando ela naufragou?
Quantas pessoas morreram e quantas estão desaparecidas?
O que provocou o naufrágio?
Como são realizadas as buscas?
Como é feito o socorro às vítimas?
Quem é o suspeito?
O que diz a empresa responsável pela embarcação?
1. Onde ocorreu o naufrágio?
A embarcação fazia o trajeto entre a localidade de Camará, na cidade de Cachoeira do Arari, no arquipélago de Marajó, para Belém .O naufrágio ocorreu próximo à Ilha de Cotijuba, por volta de 9h30.
2. A embarcação estava irregular?
A lancha Santa Lourdes, da empresa M. Souza Navegação, que já havia sido notificada pela Arcon por operar sem autorização. Portanto, estava em situação irregular. Segundo a Arcon, a embarcação não possui autorização para realizar transporte intermunicipal aquaviário de passageiros junto ao órgão estadual e realizou a viagem partindo de um porto clandestino na localidade de Camará, Marajó.
3. Quantas pessoas estavam na embarcação quando ela naufragou?
A embarcação transportava 82 pessoas e 63 conseguiram ser resgatadas com vida, informou o Governo do Pará durante coletiva de imprensa.
4. Quantas pessoas morreram e quantas estão desaparecidas?
Até o encerramento do primeiro dia de buscas, 11 pessoas foram encontradas mortas e 8 seguem desaparecidas.
5. O que provocou o naufrágio?
A causa do naufrágio não foi informada pelas autoridades.
6. Como são realizadas as buscas?
Os bombeiros procuram por desaparecidos com apoio de mergulhadores. Ao menos nove embarcações e um helicóptero também são usados nas buscas. Em nota, a Marinha informou que "equipes de Inspetores Navais da Capitania dos Portos da Amazônia Oriental (CPAOR) e do Aviso Hidroceanográfico Fluvial “Rio Xingu” estão realizando buscas no local".
7. Como é feito o socorro às vítimas?
Segundo o governador, foi criado um gabinete de crise de segurança para acompanhar as ações do naufrágio. A Secretaria de Saúde de Belém (Sesma) está prestando atendimento aos resgatados. "O Serviço Atendimento Móvel Urgência (Samu) está na área, por meio da ambulancha e das ambulâncias, ajudando no resgate das vítimas do acidente", informou em nota.
Segundo a prefeitura de Belém, os sobreviventes estão sendo levados à Unidade Básica de Saúde (UBS) da Ilha de Cotijuba e para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Icoaraci e da UBS Marambaia, as duas na região continental da capital paraense.
8. Quem é o suspeito? Ele foi preso?
O condutor da embarcação foi identificado como Marcos de Souza Oliveira, até o momento ele não foi encontrado pela polícia. O barco clandestino tipo lancha pertence a mãe do condutor, Meire Ferreira de Sousa.
9. O que diz a empresa responsável pela embarcação?
A reportagem procurou a empresa e a Capitania dos Portos e aguarda o posicionamento.