Trata-se da terceira alta seguida, com ganho acumulado de 2,4%; setor se encontra 8,9% acima do nível de fevereiro de 2020 (pré-pandemia) e 1,8% abaixo do ponto mais alto da série histórica, em novembro de 2014.
O volume de serviços prestados no Brasil cresceu 1,1% em julho em relação a junho, segundo dados divulgados nesta terça-feira (13) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Trata-se da terceira alta seguida, com ganho acumulado de 2,4%.
Na comparação com julho de 2021, o avanço foi de 6,3% - 17ª taxa positiva consecutiva.
O acumulado do ano ficou em 8,5% em relação a igual período de 2021. Já o acumulado nos últimos 12 meses passou de 10,5% em junho para 9,6% em julho, mantendo trajetória descendente desde abril (12,8%).
O resultado veio acima do esperado. As expectativas em pesquisa da Reuters eram de avanços de 0,5% na comparação mensal e de 5,8% na base anual.
O setor se encontra 8,9% acima do nível de fevereiro de 2020 (pré-pandemia) e 1,8% abaixo de novembro de 2014 (ponto mais alto da série histórica).
O setor de serviços é o que possui o maior peso na economia brasileira e foi o mais atingido pela pandemia, sobretudo as atividades de caráter mais presencial, como os serviços prestados às famílias.
“Com esse crescimento de julho, o setor de serviços chega ao ponto mais alto desde novembro de 2014, ou seja, do maior patamar da série. Essa retomada de crescimento é bastante significativa e é ligada aos serviços voltados às empresas, como os de tecnologia da informação e o de transporte de cargas, que têm um crescimento expressivo e alcançam, em julho, os pontos mais altos das suas respectivas séries. Então o que traz o setor de serviços a esse patamar é o dinamismo desses dois segmentos”, destaca o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo.
Entre os cinco grandes grupos, o avanço de junho para julho tem como destaque as atividades de transportes (2,3%), informação e comunicação (1,1%) e os serviços prestados às famílias (0,6%) - nesse caso, o quinto crescimento seguido, com ganho acumulado de 9,7%.
Do lado oposto, outros serviços (-4,2%) e serviços profissionais, administrativos e complementares (-1,1%) foram as influências negativas de julho.
Veja o resultado mensal em cada um dos cinco grandes segmentos e seus subgrupos:
Serviços prestados às famílias: 0,6%
Serviços de alojamento e alimentação: 2,0%
Outros serviços prestados às famílias: 2,2%
Serviços de informação e comunicação: 1,1%
Serviços de tecnologia da informação e comunicação (TIC): 0,6%
Telecomunicações: -2,1%
Serviços de tecnologia da informação: 6,6%
Serviços audiovisuais: -0,9%
Serviços profissionais, administrativos e complementares: -1,1%
Serviços técnico-profissionais: -3,1%
Serviços administrativos e complementares: -0,1%
Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio: 2,3%
Transporte terrestre: 0,9%
Transporte aquaviário: 3,4%
Transporte aéreo: 6,8%
Armazenagem, serviços auxiliares aos transportes e correio: 5,4%
Outros serviços: -4,2%
Avanço em 17 das 27 unidades da Federação
Regionalmente, 17 das 27 unidades da Federação tiveram expansão no volume de serviços em julho, acompanhando o avanço no país.
Entre os locais que apontaram taxas positivas, os impactos mais importantes vieram de São Paulo (1,3%), seguido por Minas Gerais (1,9%), Santa Catarina (3,1%), Goiás (4,7%) e Pernambuco (4,0%). Em contrapartida, Distrito Federal (-2,8%) exerceu a principal influência negativa, seguido por Paraná (-1,2%) e Ceará (-2,5%).