DEBATE DA ÚLTIMA QUINTA - FEIRA COLOCOU CANDIDATOS FRENTE A FRENTE
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Publicado em 30/09/2022

O debate na noite de quinta (29) para sexta-feira (1º) que reuniu sete candidatos à Presidência da República teve batalhas de direitos de resposta, acusações de corrupção e discussões sobre pandemia, educação, fome e desmatamento.

Seguindo a lei eleitoral, foram convidados os candidatos de partidos com representação no Congresso Nacional de, no mínimo, cinco parlamentares, e sem impedimento na Justiça, seja eleitoral ou comum.

Pelas regras do debate, em todos os quatro blocos, os candidatos fizeram perguntas entre si. De acordo com ordem definida por sorteio, um candidato escolhia para quem gostaria de fazer a pergunta, entre aqueles que ainda não tinham respondido no bloco.

Direitos de resposta

O embate entre Lula e Bolsonaro, candidatos mais bem-posicionados nas pesquisas de opinião até aqui, começou logo no primeiro bloco de perguntas.

Bolsonaro foi perguntado pelo candidato Padre Kelmon (PTB) sobre a manutenção de programas sociais e sobre os riscos de um retorno da esquerda ao poder. Na resposta, fez diversas críticas aos governos Lula, entre 2003 e 2010.

"Nós não podemos voltar à fase que éramos há pouco tempo, onde era uma cleptocracia, a roubalheira imperava no nosso país. O governo Lula foi o chefe de uma grande quadrilha, dezenas de delatores devolveram R$ 6 bilhões para pegar uma pena menor. Não podemos continuar no país da roubalheira", disse Bolsonaro.

Lula pediu e obteve direito de resposta e, ao usá-lo, devolveu as críticas a Bolsonaro.

"Ele falar que eu montei quadrilha, com a quadrilha da rachadinha dele que ele decretou sigilo de 100 anos, com a rachadinha da família, do Ministério da Educação com barras de ouro? Ele, falar de quadrilha comigo? Ele precisava se olhar no espelho e saber o que está acontecendo no governo dele. Saber o que foi a quadrilha da vacina, o oferecimento de US$ 1 por cada vacina importada. Isso não sou eu que disse, é a CPI que está dizendo", disse Lula.

Neste momento, Bolsonaro pediu novo direito de resposta, que foi concedido.

"Mentiroso. Ex-presidiário. Traidor da pátria. Que rachadinha? Rachadinha são teus filhos roubando milhões de empresas após a tua chegada ao poder. Que CPI é essa, da farsa, que você vem defender aqui? O que achou ao meu respeito? Nada. Que dinheiro de propina? Não tenho propina", disse Bolsonaro.

Corrupção

A corrupção foi um dos temas mais explorados ao longo de todo o debate. Logo na primeira pergunta, Ciro Gomes disse a Lula que deixou o ministério do governo do petista "por conta das contradições graves de economia [...] e, mais grave ainda, das contradições morais".

Em seguida, Padre Kelmon e Bolsonaro usaram pergunta e resposta para criticar o governo Lula e os governos de esquerda.

Bolsonaro voltou a chamar as gestões do PT de "cleptocracia".

"Ou seja, não podemos voltar a esse estado de coisas que aconteciam há pouco tempo aqui no Brasil, onde a roubalheira imperava", disse Bolsonaro.

Considerações finais

No último bloco, os candidatos tiveram 1 minuto para fazer considerações finais. A ordem foi definida por sorteio.

Felipe d'Ávila

O candidato do Novo, Felipe D’Ávila, pediu votos para o seu partido e lamentou a polarização entre as campanhas de Lula e Bolsonaro.

“O Brasil não vai voltar a crescer, não vai voltar a progredir, não vai sair desse atoleiro se nós elegermos esses governos que colocaram a gente nesse buraco. Você, quando está sozinho na cabine [de votação], é você com a sua consciência. Vote bem”, disse.

Ciro Gomes

O candidato do PDT disse que, se eleito, pretende reconciliar o Brasil.

"Eu sei que os radicais lulistas e os radicais bolsonaristas não querem ouvir nada, a não ser aquela história toda que nós já vimos e que está matando inocentes. Também pudera. Nós assistimos aqui àquilo tudo que eu estou tentando prevenir o povo brasileiro. Eu quero ser o candidato que vai reconciliar o Brasil", afirmou Ciro.

Lula

O candidato à presidência pelo PT, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou em suas considerações finais que o "povo tem muita facilidade pra escolher e saber o que que ele quer".

Lula disse ainda que "o problema não é governar, é cuidar do povo e gerar emprego, aumentar salário, aumentar massa salarial para melhorar a saúde, melhorar a educação, fazer universidade".

Padre Kelmon

O candidato do PTB buscou se dirigir ao público cristão em suas considerações finais.

"Meus irmãos, e minhas irmãs, eu me dirijo, especialmente, a você sacerdote, a você pastor, a você fiel deste Brasil Cristão. Vocês viram como me trataram aqui com tanto ódio, com tanto ódio a um sacerdote observem como faz esses que querem o seu voto, observem com o tamanho do ódio que eles preparam para os padres nesse continente latino-americano", afirmou.

Tebet

Candidata do MDB, Simone Tebet pediu que os eleitores reflitam “se a escolha tem que ser pelo menos pior, ou se tem que ser aquela escolha do seu coração”.

“Eu e Mara [Gabrilli] estamos prontas para fazer o maior projeto de inclusão do país [...] Eu não vou sossegar enquanto tiver um único brasileiro passando fome no Brasil”, disse.

Veja aqui a íntegra da consideração final e entrevista da candidata após o debate.

Soraya Thronicke

Soraya afirmou que "não adianta candidatos falarem e falarem, e dizerem números que não existem", pois, segundo ela, "é outra realidade nas ruas".

A candidata disse ainda que não tem "rabo preso com ninguém" e que não tem "medo de ser presa".

Bolsonaro

Em suas considerações finais, o candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), afirmou que seu governo "respeita a família brasileira" e reforçou pautas de sua campanha, entre elas, o posicionamento contra a legalização de drogas, o aborto e a ideologia de gênero.

Bolsonaro também defendeu o livre mercado e disse que o Brasil "dá exemplo para o mundo na recuperação da economia mundial".

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