Os candidatos do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, e do PTB, Padre Kelmon, protagonizaram um dos principais embates do debate, nesta quinta-feira. Kelmon vinculou Lula a escândalos de corrupção e ao governo da Nicarágua, enquanto o petista o chamou de “impostor” e candidato “laranja”. Os dois tiveram que ser interrompidos mais de uma vez pelo apresentador.

A pergunta foi feita por Kelmon, que afirmou que Lula foi o “chefe do maior esquema de roubo e corrupção da história mundial”. O ex-presidente respondeu que o adversário estava “desinformado” e que as denúncias contra ele foram arquivadas.

Logo no início da resposta, Kelmon passou a interromper o petista e teve que ser advertido.

 Candidato Kelmon, eu não consigo entender. Eu já falei algumas vezes. O senhor entendeu que tem regras do debate? O senhor concordou com elas e basta cumpri-las. Quando o seu adversário está falando, é só o senhor aguardar, o senhor vai ter direito a réplica. É assim que funciona.

Lula ironizou dizendo que “candidato laranja não tem respeito às regras” — o termo “laranja” foi utilizado em referência ao apoio velado de Kelmon a Bolsonaro.

Em sua réplica, o candidato do PTB de “cínico” e “ator”, e ouviu de Lula que é “mentiroso” e “irresponsável”. Neste momento, Bonner interrompeu novamente o debate e pediu para os dois candidatos se acalmarem, mas eles continuaram discutindo fora do microfone: Kelmon afirmou que o petista é “abortista”, enquanto Lula o chamou de “fariseu”.

Encerrando sua réplica, Kelmon afirmou que Lula é “amiguinho” do presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, e do Foro de São Paulo, grupo que reúne partidos de esquerda da América Latina.

Você nem deveria se apresentar como candidato — respondeu Lula.

 Eu ou senhor? — rebateu Kelmon.