TSE OBRIGA CAMPANHA DE LULAR A REMOVER CONTEÚDO DA INTERNET
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Publicado em 17/10/2022

A decisão de Alexandre de Moraes de proibir a exibição pela campanha de Lula de vídeos ligando Jair Bolsonaro à pedofilia, a partir da entrevista dada pelo presidente sobre as adolescentes venezuelanas, obrigou que o PT retirasse nada menos do que 17 inserções diferentes no YouTube em conteúdos impulsionados. 

De acordo com o próprio Google, esses vídeos somados foram visualizados 32,4 milhões de vezes a um custo de R$ 395 mil. 

No total, a campanha de Lula já gastou R$ 13,8 milhões em conteúdos pagos ao Google (87% deste total em videos no YouTube). 

O presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministro Alexandre de Moraes, aceitou um pedido da campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) e determinou que plataformas de conteúdo, redes sociais e a campanha de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) removam imediatamente o vídeo em que Bolsonaro diz que "pintou um clima" ao descrever um encontro com meninas venezuelanas ocorrido no Distrito Federal em 2021.

"As plataformas digitais TikTok, Instagram, LinkedIn, YouTube, Facebook, Telegram e Kway, bem como os representados, removam imediatamente o conteúdo objeto desta ação, sob pena de multa diária de R$ 100.000,00 (cem mil reais)", diz o ministro na decisão.

Moraes também proíbe a campanha do PT de usar o conteúdo ou se referir a ele em redes sociais e nas propagandas de rádio e TV, sob pena de multa.

No pedido enviado ao TSE, a campanha de Bolsonaro afirma que a campanha de Lula e a deputada federal Gleisi Hoffman, presidente do PT, divulgaram e compartilharam conteúdos em que a fala de Bolsonaro sobre as meninas venezuelanas foi gravemente tirada de contexto com o objetivo de associá-lo à pedofilia.

Em sua decisão, Moraes diz que:

"A divulgação de fato sabidamente inverídico, com grave descontextualização e aparente finalidade de vincular a figura do candidato ao cometimento de crime sexual, parece suficiente a configurar propaganda eleitoral negativa".

 

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