Um morador em situação de rua e dependente químico tem nome usado como laranja em esquema milionário de lavagem de dinheiro, proveniente da venda de centenas de quilos de cocaína, traficados em vários estados do país. O grupo criminoso contava com empresas fantasmas e movimentações financeiras em contas abertas em nome de terceiros. O esquema foi descoberto e os integrantes estão na mira da Polícia Civil do Distrito Federal (DF) durante operação realizada nessa segunda-feira (24).
A quadrilha do DF utilizava uma estrutura desenvolvida por um grupo de Minas Gerais, especialista em lavagem de dinheiro para facções criminosas de todo o país. O esquema foi desarticulado no ano passado, durante a Operação Washing, deflagrada pela Polícia Civil em Ponte Nova, na Zona da Mata mineira. O grupo lavou, na época, cerca de R$ 750 milhões.
Durante a operação, a PC descobriu descobriu duas empresas fantasmas que teriam sido abertas em Planaltina. Nos dois endereços, funcionam escritórios de advocacia sem qualquer ligação com os criminosos. As empresas integravam um espécie de “pool”, que lavava dinheiro do tráfico de todo o Brasil, inclusive de favelas cariocas, conforme informações do Metrópoles.