O Tribunal de Justiça decretou a prisão de Iago Lacé Falcão, de 26 anos, acusado de assassinar a técnica de enfermagem Rita de Kássia Nogueira, de 27 anos. Os dois mantinham um relacionamento há cerca de 2 meses. A técnica desapareceu na noite do último domingo, após sair com Iago. Em um vídeo feito por câmeras de segurança, os dois deixam a casa onde Rita morava com a família, em Nilópolis, na Baixada Fluminense, por volta de 21h30. Ela não foi mais vista. Iago continua solto mesmo após ter confessado, na Delegacia de Homicídios da Capital, na tarde da última terça-feira, ter matado e ocultado o cadáver da técnica de enfermagem Rita .
A decisão é do juiz Adriano Celestino Santos, da 1ª Vara Criminal da Capital. O magistrado determinou que Iago seja preso temporariamente por 30 dias e considerou que a prisão é imprescindível para as investigações do inquérito policial e que há indícios de autoria do crime.
"Assim, ante a presença dos requisitos legalmente exigidos, e considerando as circunstâncias concretas do fato, defiro o pedido de prisão temporária de IAGO LACÉ FALCÃO, pelo prazo de 30 dias. Expeça-se o respectivo mandado de prisão temporária" diz trecho da decisão.
Um laudo do Instituto Médico Legal (IML) apontou que a técnica de enfermagem Rita de Kássia Nogueira, de 27 anos, foi morta por asfixia mecânica. A informação foi confirmada pela defesa da família da vítima. Rita foi morta na madrugada de segunda-feira, e, segundo a parentes da jovem, há indícios de tortura.
O laudo ainda aponta que ela apanhou antes de morrer, pois tinha manchas roxas pelo corpo. Não foi possível indicar se ela foi estrangulada ou esganada, já que o corpo estava em estágio avançado de decomposição.
Segundo a família da jovem, na tarde de segunda-feira, a mãe da Rita tentou contato com Iago, já que a filha não respondia as mensagens ou retornava ligações. Iago se limitou a dizer que Rita estava alterada na noite anterior e pediu para descer do carro no meio do caminho, em uma ponte em Ricardo de Albuquerque, na Zona Norte do Rio. Após responder a mãe da jovem, o estudante apagou todas as redes sociais e a família não conseguiu mais contato:
Após o contato, ele deletou todas as redes sociais. Derrubou tudo. Ficamos ainda mais desesperados, conta a madrasta de Rita, Raquel Alves.
Na noite de segunda-feira, Marconildo dos Santos, pai da jovem, registrou o desaparecimento na 57ª DP (Nilópolis). O corpo de Rita só foi encontrado na noite de terça-feira, após o autor do crime indicar o local da ocultação do cadáver, em uma casa abandonada que pertence a sua família, em Bento Ribeiro, também na Zona Norte da capital fluminense.
Rita foi enterrada na manhã de quinta-feira, no Cemitério Municipal de Nilópolis. Na ocasião, parentes e amigos pediram justiça e que Iago seja preso pelo crime.
Nós queremos justiça, só isso. Ela pode não ter sido a primeira e também pode não ser a última. Ele está aí, está solto, falou Ana Beatriz dos Santos, cunhada da vítima.