PF TENTA PRENDER 27 EM AÇÃO CONTRA COMÉRCIO ILEGAL DE CIGARROS
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Publicado em 23/11/2022

A Polícia Federal (PF) e o Ministério Público Federal (MPF) iniciaram nesta quarta-feira (23) a Operação Smoke Free, contra “uma organização criminosa armada e transnacional especializada em comércio ilegal de cigarros”.

Entre os alvos estão PMs, bombeiros, um policial federal e Adilson Coutinho Oliveira Filho, o Adilsinho, procurado desde a Operação Fumus, de junho do ano passado, também contra o comércio irregular de cigarros. O Adilsinho já é considerado foragido.

Cerca de 40 equipes foram para endereços na capital e na Baixada Fluminense, a fim de cumprir 27 mandados de prisão.

A PF afirma que o grupo criminoso investigado é responsável por causar prejuízos à União de cerca de R$ 2 bilhões.

A força-tarefa conta com o apoio da US Homeland Security Investigations, a Agência de Investigações de Segurança Interna dos Estados Unidos.

A 3ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro expediu também 50 mandados de busca e apreensão e determinou bloqueio, sequestro e apreensão de bens no valor de R$ 300 milhões. Dentre os bens, estão imóveis, veículos de luxo, criptomoedas, dinheiro em espécie e depósitos em contas bancárias.

Três anos de operações ilegais

De acordo com a investigação, iniciada em 2020, desde 2019 “o grupo criminoso reiteradamente, com falsificação ou não emissão de notas fiscais, depositava, transportava e comercializava cigarros oriundos de crime em territórios dominados por outras organizações criminosas, como facções e milícias”.

“Em consequência, efetuava a lavagem dos recursos obtidos ilicitamente e remetia altas cifras ao exterior de forma irregular”, afirma a PF.

Ainda segundo os investigadores, a quadrilha contava com “uma célula de serviço paralelo de segurança”, coordenada por um policial federal e integrada por policiais militares e bombeiros.

“O grupo econômico que suporta a organização criminosa investigada é devedor contumaz da União e possui débito tributário de aproximadamente R$ 2 bilhões, segundo informado pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional”, destaca a PF.

Os investigados podem responder pela prática de crimes de sonegação fiscal, duplicata simulada, receptação qualificada, corrupção ativa e passiva, lavagem de capital e evasão de divisas.

Se condenados, podem pegar 66 anos de reclusão.

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