ZEMA CRITICA O QUE CHAMOU DE ' REVANCHISMO ' DO PRESIDENTE
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Publicado em 08/05/2023

O governador Romeu Zema (Novo) disse, nesta segunda-feira (8), que os primeiros meses de mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) têm sido marcados por “revanchismo”. Nos Estados Unidos, onde está para cumprir agendas ligadas à atração de investimentos a Minas Gerais, Zema afirmou que o governo petista peca ao “olhar para o passado”.

“É um governo preocupado com revanchismo, olhando para o passado e não para o futuro”, afirmou, em entrevista à Rádio O Tempo.

No segundo turno presidencial do ano passado, Zema apoiou a candidatura à reeleição de Jair Bolsonaro (PL). Nesta segunda, ao ser perguntado sobre o papel que Bolsonaro pode ter como um dos esteios da oposição a Lula, o governador apontou fragmentação das forças antagônicas ao PT.

“Essa oposição está muito diluída hoje. Ela precisa se estruturar”, pontuou.

O Novo, partido de Zema, é uma das legendas que fazem oposição a Lula. Bolsonaro, por sua vez, como já mostrou a Itatiaia, deve iniciar em breve uma série de viagens Brasil afora para estreitar laços com lideranças de seu campo político.

Após ‘vista grossa’, defesa à CPMI

Zema ainda defendeu a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que vai funcionar no Congresso Nacional para apurar as responsabilidades inerentes aos atos antidemocráticos de 8 de janeiro. 

Ao comentar o caso, o governador fez menção a imagens reveladas pela CNN Brasil que mostram o ex-ministro chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Marco Edson Gonçalves Dias, caminhando em meio aos invasores do Palácio do Planalto.

“Acho que aqueles vídeos mostrados duas semanas atrás deixaram muito claro que nenhuma medida foi tomada para tolher os invasores que depredaram e vandalizaram o Palácio do Planalto, o Supremo Tribunal Federal e o Congresso. Nenhuma medida foi tomada. Isso é muito estranho, pois, hoje, a Polícia Militar, em qualquer manifestação, por menor que seja, sempre emite um alerta e fica de prontidão”, criticou.

No mês passado, o governador teve de prestar depoimento à Polícia Federal (PF) para explicar a fala sobre suposta “vista grossa” do Executivo federal ante as manifestações de janeiro.

“Em Brasília, estamos falando de uma manifestação — não sei se foram 5 mil, 10 mil ou 15 mil pessoas. (Mas) alguém não fez a tarefa de casa. Isso precisa ser apurado. Se é vista grossa, falta de competência ou conivência, a vai ser a CPMI que irá mostrar”, apontou, nesta segunda-feira.

 

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