O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do MST da Câmara dos Deputados, Luciano Zucco (republicanos-RS), agendou para a próxima terça-feira (26) a discussão e a votação do relatório, apresentado nesta quinta-feira (21) pelo deputado Ricardo Salles (PL-SP). O parecer pede o indiciamento de onze pessoas, entre elas o ex-chefe do Gabinete Institucional de Segurança (GSI) general Gonçalves Dias e o líder da Frente Nacional de Luta (FNL), José Rainha, que chefiou o MST, mas foi afastado em 2007, por divergências políticas.
O presidente da CPI, Luciano Zucco, deixou em aberto a possibilidade de mudanças no parecer até o dia 26. “Em razão do pedido de vista conjunta, apresentado, nós vamos conceder por duas sessões essa vista coletiva aos membros da comissão. Eu quero já informar que estão anexados os documentos que não estavam, e teremos ainda, até terça-feira, a possibilidade de ajustes ao relatório”, afirmou.
A CPI do MST foi aberta em maio, com o objetivo de apurar a atuação e os financiadores do movimento. Entre janeiro e abril foram realizadas 33 invasões de imóveis rurais pelo Brasil, número que supera o total de ações em cada um dos últimos cinco anos.