O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) vai investigar supostas irregularidades na prestação de serviços de transporte por empresas de ônibus de Belo Horizonte. As concessionárias TransOeste e Torres já são investigadas por uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) aberta pela Câmara Municipal por conta dos altos índices de reclamações dos usuários.
De acordo com ofício assinado no dia 18 de setembro pela Promotora de Justiça Luciana Ribeiro da Fonseca instaurou uma notícia de fato - procedimento inicial para apurar indícios de irregularidades ou crimes - e comunicou a Polícia Federal para apurar eventual prática de crime.
O MP foi acionado pela Câmara de BH, que encaminhou informações colhidas pela CPI dos Ônibus sem Qualidade acerca das duas empresas. Uma das situações que vem sendo apuradas pela comissão é a troca da Viação Torres pela BHLeste, o que foi constatado pelos vereadores por meio do acesso a contracheques de funcionários
"Os ônibus da Viação Torres passaram imediatamente a rodar com a inscrição BHLeste, o mesmo nome do consórcio que compunha, o que por si só provocou confusão", diz trecho do ofício do MP.
Conforme já mostrou a Itatiaia, representantes da BHLeste admitiram que estão operando no lugar da Viação Torres mesmo sem aval da prefeitura.
O MP também aponta para indícios de prática de sonegação, fraude e/ou lavagem de dinheiro por parte da empresa, já que a representante da BH Leste teria capital social de R$ 1.000 e seria administrada por dois sócios que vivem "em uma região simples de São Paulo".