O ministro Luís Roberto Barroso assume a presidência do Supremo Tribunal Federal e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O ministro Edson Fachin é quem assume a vice-presidência. Barroso vai comandar a Suprema Corte em um período de turbulência com o Legislativo. Parlamentares vem acusando o STF de ativismo judicial e de adentrar competências do legislativo.
Barroso foi eleito para o cargo em agosto deste ano numa votação simbólica já que a sucessão no comando do STF segue a ordem de antiguidade e cada presidente tem mandato de dois anos.
Barroso assumiu a vaga de Ayres Brito no Supremo em 2013, indicado pela ex-presidente Dilma Rousseff. O ministro tem 65 anos e passa a ser presidente com a saída da ministra Rosa Weber. Já Edson Fachin, tomou posse como ministro do Supremo em junho de 2015. Ele também foi indicado pela então presidente Dilma Rousseff.
A cerimônia está marcada para 16h no edifício sede do STF. São esperadas inúmeras autoridades, entre elas os chefes de poderes: presidente do Congresso Rodrigo Pacheco (PSD - MG), o presidente Lula que, inclusive, passa por uma cirurgia para tratar dores no quadril nesta sexta(29) e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Destaque também para apresentação da cantora Maria Bethânia. Após a cerimônia, há um tradicional jantar para convidados dos ministros.
A ministra Rosa Weber, presidente do STF comandou nessa quarta-feira (28) a última sessão em plenário na Corte antes da posse do novo presidente . Rosa Weber estava bastante emocionada e em discurso de despedida ela lembrou novamente os ataques criminosos do 8 de janeiro e causas com impacto social - traço firme de sua trajetória pela Corte. A ministra disse que o trabalho lhe permitiu "atuar sobre a realidade como ela é, em particular a realidade das minorias, dos vulneráveis, dos que muitas vezes não têm vez nem voz'.
Rosa Weber deixa o STF porque completa 75 anos no dia 2 de outubro - idade limite para fazer parte do Supremo. Em 12 anos de atuação na Corte marcados por um perfil discreto, a ministra se destacou por relatar processos com impacto social.
Rosa Weber pode assinar decisões na Corte até primeiro de outubro. Os votos da ministra em análises em andamento serão preservados, mesmo que os julgamentos sejam adiados.