CASOS DE COVID - 19 CRESCEM CERCA DE 53% EM BELO HORIZONTE
Principais notícias do Dia
Publicado em 13/02/2024

O número de casos de Covid-19 cresceu 53% em Belo Horizonte, entre os dias 31 de janeiro e 7 de fevereiro, de acordo com os últimos dois boletins epidemiológicos divulgados pela Secretaria Municipal de Saúde. O número de infectados saltou de 378 pessoas para 580, em apenas uma semana.

Agora, especialistas temem um aumento ainda maior após o Carnaval. “Agora no Carnaval, há uma grande possibilidade de uma maior contaminação das pessoas. Nós estamos um pouco temerosos com as consequências sobre as populações mais desfavorecidas em relação à evolução da doença (crianças, idosos e imunossuprimidos)”, comenta o médico infectologista Estevão Urbano.

O infectologista explica que apesar da vacinação, a capital mineira tem registrado casos mais graves da doença neste grupo.

“Como a maioria da população já foi exposta a Covid, ou está vacinada, a maioria dos casos é leve. Portanto, eles não estão pressionando as internações hospitalares. Entretanto, temos percebido no sub grupo de pessoas idosas ou imunossuprimidas que, mesmo vacinadas, às vezes os casos se tornam graves o suficiente para internação. Eventualmente na CTI (Centro de Terapia Intensiva). Estamos, inclusive, com alguns óbitos nessa população nos últimos dias”, alerta o médico.

Grupo de risco deve evitar aglomerações

De acordo com último boletim divulgado, no dia 7 de fevereiro, duas mortes já foram registradas na capital. “Para essa população, é muito importante não só a vacinação completa, mas as medidas de prevenção que incluem: não frequentar aglomerações e manter sempre a máscara, em especial quando em contato com desconhecidos”, orienta Urbano.

O médico também pede para que quem convive com pessoas do grupo de risco redobre os cuidados.

“Aquelas pessoas que moram com imunossuprimidos, principalmente quando se expõem a grandes multidões, como no Carnaval, devem evitar contato [com esse grupo] por pelo menos de cinco a sete dias. [O isolamento] é para averiguar se elas vão ou não desenvolver sintomas da doença. Para elas, os sintomas podem ser leves, mas para idosos, imunossuprimidos e crianças muito pequenas, eles podem ser mais graves”, afirma.

Por isso, o especialista aponta que é necessário um cuidado coletivo. "É muito importante que as pessoas cuidem não só de si, mas daqueles que vão sofrer mais as consequências da doença. Então, se você vai para para o Carnaval ou para outros tipos de aglomerações, você deve evitar entrar em contato próximo com esses indivíduos”, ressalta.

Comentários