Os dois suspeitos, 24 anos, de matar o torcedor do Cruzeiro Lucas Elias Vieira Silva, de 27, durante o confronto entre as torcidas organizadas Galoucura e Máfia Azul na Tereza Cristina, na altura da Vila Sapolândia, no Barreiro, em Belo Horizonte, nesse sábado (3), continuam detidos.
De acordo com a Polícia Militar (PM), membros da Galoucura que estavam em um Voyage, fizeram uma emboscada contra a Máfia Azul e efetuaram disparos contra os integrantes da torcida organizada rival enquanto outros membros chegavam para a briga. Os jovens foram presos em seguida. Com um deles, foi encontrado um revólver calibre 38.
Conforme a Polícia Civil, os envolvidos foram conduzidos e ouvidos pela autoridade policial, que ratificou a prisão em flagrante pelo crime de “homicídio qualificado por motivo fútil”.
Lucas, morto com um tiro no tórax, deve ser enterrado neste domingo (4). Conhecido também como ‘Bidu’, ele chegou a ser encaminhado ao Hospital Santa Rita, em Contagem, mas não resistiu aos ferimentos. Segundo familiares, ele era trabalhador.
“Nunca imaginei que ele ia morrer disso. Ele era trabalhador, saía de casa nove horas da manhã e só chegava duas da manhã. Isso é uma covardia”, contou um familiar à Itatiaia. Lucas era torcedor do Cruzeiro e sempre que podia, ia aos jogos do clube. Ele deixou uma filha de dois anos.
Torcedor condenado por assassinato em 2010
A Polícia Militar (PM) identificou um dos participantes da confusão. Segundo a corporação, o homem já havia sido condenado em 2013 a 17 anos de prisão pela participação no homicídio de Otavio Fernandes em 2010, em frente ao Chevrolet Hall, na região Centro-Sul da capital mineira, aparece nas imagens da confusão.
Ele também já foi condenado o a um ano e quatro meses de prisão por lesão corporal por outra briga de torcida organizada, essa acontecida em 2018, no Prado, na região Oeste.
Conforme a PM, um vídeo mostra o atleticano com short preto, regata preta e capacete dando um chute no rosto de um torcedor que tentava ajudar Lucas. Ele conseguiu fugir e não foi preso no local pela polícia.