O QUE ESTÁ EM DEBATE SOBRE PL DE MOTORISTAS DE APLICATIVOS
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Publicado em 03/03/2024

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai assinar, nesta segunda-feira (4), durante evento no Palácio do Planalto, um Projeto de Lei (PL) destinado a regular o trabalho dos motoristas de aplicativos no território nacional. Em 2022, o Ministério do Trabalho e Emprego instituiu um grupo de trabalho composto por representantes das empresas e dos trabalhadores para discutir a questão que traz divergências.

A proposta elaborada pelo governo e que será submetida à apreciação do Congresso Nacional abordará aspectos como o regime de trabalho independente, ou seja, sem vínculo  empregatício, e a obrigatoriedade de contribuição ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

A contribuição ao INSS será parcialmente financiada pelo contratante do serviço. O governo também planeja fixar uma remuneração mínima equivalente a pelo menos um salário mínimo, atualmente estabelecido em R$ 1.412, bem como um pagamento mínimo de R$ 32,09 por hora trabalhada. No entanto, este último ponto tem gerado divergências entre os membros da categoria e poderá encontrar resistência também no Legislativo.

Se o Projeto de Lei receber o aval do Congresso, resultará na formalização de um segmento profissional até então inédito: o dos trabalhadores autônomos por meio de plataformas digitais.

Leia abaixo os destaques do projeto:

Contribuição ao INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) - Trabalhadores vão pagar 7,5% por mês enquanto empresas irão contribuir com 20% sobre a remuneração mínima do profissional.

Salário - Motoristas vão receber R$ 32,09 por hora trabalhada e uma remuneração de, pelo menos, uma salário mínimo que hoje é de R$ 1.412. A hora seria registrada por tempo logado no aplicativo enquanto aceita corridas.

Jornada de trabalho - A proposta prevê que um motorista possa trabalhar por até 9h seguidas, regulamentando uma limitação de horas trabalhadas por dia.

Nova categoria de trabalho - A proposta cria a categoria de trabalhador autônomo por plataforma, que será regida por regras específicas. Com a novidade, os motoristas poderão ser representados por sindicatos da categoria profissional “motorista de aplicativo de veículo de quatro rodas”.

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