Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) deixaram, na noite desta quarta-feira (20), a fazenda que foi invadida pelo grupo em Lagoa Santa, na região metropolitana de Belo Horizonte. O movimento não quis confirmar para quais cidades eles vão agora, mas fontes da Itatiaia afirmam que parte dos ativistas devem seguir para São Joaquim de Bicas, também na Grande BH.

O MST tinha até a noite de quinta-feira (21) para deixar a Fazenda Aroeiras, mas decidiu deixar a ocupação ainda nesta quarta, horas após a Justiça limitar o acesso de novas famílias ao terreno. A saída foi pacífica e sem muito alarde. Vídeos obtidos pela Itatiaia mostram viaturas da Polícia Militar escoltando os invasores na saída da fazenda.

O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) prometeu entregar duas áreas públicas para os ativistas em um prazo de até 60 dias. O grupo vai ser direcionado para acampamentos e assentamentos do MST na região metropolitana de Belo Horizonte até a entrega desses terrenos.

Zema comemora saída de invasores

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo) comemorou o fim da invasão do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) a uma fazenda em Lagoa Santa, na Grande BH. Em entrevista à Itatiaia nesta quarta-feira (20), Zema se colocou como um ‘defensor da propriedade privada’

‘Nós temos mais de 600 mil propriedades privadas em Minas Gerais. Se uma pode ser invadida, por que outras não poderiam? O produtor rural, em especial o de leite, tem passado por dificuldades [...] e o produtor ainda tem que se preocupar com essa questão de invasão. É muito ruim!. Então nós estaremos inibindo toda invasão seguindo a Constituição. E eu fico satisfeito por nós termos dado um desfecho pacífico para isso’.

Nesta quarta (20), uma decisão da segunda instância do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) limitou o acesso de novas famílias do Movimento Sem Terra (MST) à fazenda Aroeiras, em Lagoa Santa, na Grande BH. Os advogados do MST pediram ao tribunal a reversão da decisão para acabar com o cerco policial na fazenda e autorizar a entrada de novas famílias, mas a Justiça negou o pedido.