APÓS QUATRO DIAS NA PRISÃO ESTÁ SOLTO EMPRESÁRIO QUE MATOU PROMOTOR
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Publicado em 23/03/2024

Após passar quatro dias preso, o empresário Luciano Farah do Nascimento, condenado pelo assassinato de um promotor do Ministério Público morto em Belo Horizonte no início de 2002, foi solto nesta quinta-feira (21) após ganhar liberdade provisória com uma decisão da Justiça. Ele havia sido detido no último domingo (17) pelo assassinato de um homem 10 dias antes da execução do promotor.

A informação foi confirmada pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais (Sejusp-MG). Segundo a pasta, Luciano Farah estava no Presídio Inspetor José Martinho Drumond, em Ribeirão das Neves, e foi solto sem a necessidade de pagamento de fiança. Édson Souza Nogueira de Paula, que foi condenado pelos dois assassinatos junto com o empresário, também foi solto de maneira provisória e sem fiança. Ele deixou o Presídio de Jaboticatubas nesta sexta-feira (22).

Luciano e Édson foram presos após um pedido feito pelo Ministério Público de Minas gerais (MPMG), que argumentou que a lei conhecida como ‘Pacote Anticrime’ autoriza a execução imediata de penas iguais ou superiores a 15 anos proferidas pelo Tribunal do Júri. Segundo o MPMG, a arma usada no assassinato de Anderson foi a mesma usada na execução do promotor Francisco Lins.

Relembre o caso

No dia 15 de janeiro de 2002, Anderson de Carvalho foi executado com 16 tiros após roubar cerca de R$ 400,00 de um dos postos de combustíveis de Luciano Farah. O crime ordenado pelo empresário foi cometido pelo ex-policial militar Edson Souza Nogueira de Paula. Anderson foi perseguido, tirado de dentro de um ônibus, algemado e levado até um ponto da BR-040, em contagem, onde foi executado. Luciano e Edson foram condenados a 16 anos de prisão pelo crime, enquanto Geraldo Parreiras, que também teria participado do crime, foi absolvido pela morte do criminoso.

Já no dia 25 de janeiro, dez dias após matarem Anderson, Luciano e Edson assassinaram o promotor público Francisco Lins do Rego. O promotor estava em um carro parado no semáforo da rua Joaquim Murtinho com a avenida Prudente de Morais, no bairro Santo Antônio, quando foi surpreendido por uma moto com os dois ocupantes.

O assassinato de Francisco foi motivado por uma decisão do promotor, que proibiu o posto de Luciano de vender gasolina, após ser constatado que o produto era adulterado e que a empresa sonegava impostos à Receita Federal. Edson dez mais de 10 tiros contra Francisco após receber a ordem de Luciano. Os dois, juntos com Geraldo Parreiras, foram condenados a mais de 19 anos de prisão pelo crime.

Em nota, a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais (Sejusp-MG) informou que ex-policial militar Édson Souza Nogueira de Paula estava solto desde junho de 2011, mas voltou a ser detido e está sendo encaminhado para o sistema prisional. Já Geraldo Roberto Parreiras foi solto em setembro de 2009.

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