Um vereador de Ribeirão das Neves, na região metropolitana de Belo Horizonte, foi preso suspeito de forjar um assalto a mão armada para tentar esconder que se envolveu em um acidente de trânsito com um carro oficial da Câmara de Vereadores da cidade. Leandro Alves Rocha, o Leo do Areias (PL), de 44 anos, e um funcionário da Câmara apresentaram versões diferentes para a Polí
A Polícia Militar foi acionada na quinta-feira (28), por volta de 19h, para uma ocorrência de roubo na rua Pedro Leopoldo, perto do Clube Minas Gerais, no bairro Maracanã. Aos militares, o motorista do carro se identificou como funcionário da Câmara e afirmou que trabalha para o vereador Leo do Areias.
O servidor alegou ter sido abordado por dois suspeitos em uma motocicleta, sendo um deles armado com um revólver. Os criminosos teriam exigido que ele entregasse o veículo e um deles assumiu a direção do carro, fugindo em direção ao bairro Esperança. Após o assalto, o motorista teria ligado para o vereador e, juntos, os dois foram até a casa da vítima do assalto, onde pegaram documentos e tentaram procurar o veículo. Como não conseguiram, decidiram acionar a Polícia Militar e comunicar o roubo. Durante o percurso, os dois teriam encontrado uma viatura. O servidor teria ficado no local, enquanto o vereador saiu do local.
Contradições
Os policiais questionaram o motivo deles terem demorado uma hora para acionar a PM e o servidor afirmou que seu celular teria descarregado. Porém, os militares relembraram que o assessor confessou ter ligado para o vereador pouco antes. Em resposta, o servidor disse que fez a ligação antes da bateria acabar.
Pouco depois, Leo do Areias voltou ao local em que o servidor e os policiais estavam e foi questionado pelos policiais. A versão apresentada pelo vereador teria inconsistências, já que ele disse que fez contato com o servidor no momento em que ele já estava em casa, em um bairro distante do local do suposto assalto.
Após as divergências, os dois suspeitos foram colocados frente a frente e, neste momento, o vereador mudou sua versão. Os militares alertaram para a gravidade de uma falsa comunicação de crime e, neste momento, o servidor teria olhado para o vereador e afirmado: ‘Leo, eu vou falar a verdade do que aconteceu’.