ENTIDADES JUDAICAS LAMENTAM PRESIDENTE NÃO CONDENAR ATAQUES DO IRÃ
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Publicado em 15/04/2024

Entidades judaicas no Brasil rechaçaram a nota do governo brasileiro sobre o ataque do Irã contra Israel neste fim de semana. A informação é da “Folha de São Paulo”. Na noite de sábado (13), o Itamaraty divulgou nota em que diz que o Brasil acompanha “com grave preocupação” o lançamento de drones e mísseis em território israelense, mas não condenou Teerã.

Cláudio Lottenberg, presidente da Confederação Israelita do Brasil (Conib), afirmou que a posição do governo é “lamentável”. “A posição do governo brasileiro é mais uma vez frustrante; o mundo democrático e vários países do Oriente Médio se uniram a Israel em condenar e combater o ataque do Irã", disse ele. “Já a atual política externa do Brasil optou por se colocar ao lado da teocracia iraniana, desviando novamente de nossa linha diplomática histórica de condenar agressões desse tipo. Lamentável.”

A diretora-executiva do Instituto Brasil-Israel (IBI), Manoela Miklos, também criticou o posicionamento do governo brasileiro.

“Ao ler a nota do governo brasileiro, fica evidente a oportunidade perdida de condenar um ataque internacional flagrantemente ilegal que pode gerar instabilidade regional de escala imprevisível”, disse Miklos. “Fica igualmente evidente que mais poderia ser dito sobre a angústia que famílias israelenses sentiram nessa madrugada, imersas em desinformação e aguardando drones e mísseis que riscavam o céu de suas ruas. E mais: a nota parece dar margem para dúvidas sobre o que se passou ontem, e não há.”

Mais cedo, o embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zonshine, expressou “desapontamento” com a ausência de condenação expressa ao Irã na nota emitida pelo Itamaraty.

“Infelizmente, não ouvimos nenhuma condenação (ao Irã) nessa mensagem do Itamaraty. Isso é uma coisa um pouco desapontadora”, disse Zonshine, que está em Israel, à GloboNews.

“A palavra que falta, na minha opinião, é a condenação deste ataque do Irã contra Israel. O Irã atacou o território de um país soberano. É a primeira vez que faz isso diretamente. Não é o único envolvimento do Irã aqui, porque está apoiando o Hamas, o Hezbollah, a Jihad Islâmica, os Houthis no Iêmen e milícias no Iraque, que atacaram Israel nos últimos meses”, apontou.

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