INVESTIGAÇÃO APONTA QUE SEITA NO CASO DJIDJA PODE TER MATADO AVÓ
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Publicado em 10/06/2024

Investigadores ainda apuram o caso da ex-sinhazinha do Boi Garantido, Djidja Cardoso, que morreu no dia 28 de maio, horas depois, quando Bruno Lima, ex-namorado da mulher, havia pedido um frasco de cetamina e falado para Djidja se deitar. Ela morreu durante aquela madrugada.

O próprio Bruno encontrou o corpo em outro cômodo da casa, na manhã seguinte. A polícia suspeita que ela morreu por overdose de cetamina. O homem então foi preso na última sexta-feira (7), em Manaus.

Ele é suspeito de integrar uma quadrilha que vendia cetamina, um anestésico de uso veterinário, e outros medicamentos restritos, sem receita médica. De acordo com a polícia, Bruno fazia parte da seita “Pai, Mãe, Vida”, criada por Cleusimar Cardoso e os filhos, Djidja e Ademar. O grupo usava cetamina para alcançar uma falsa plenitude espiritual.

Os investigadores apuram também a participação de Bruno na morte da avó de Djidja, Maria Venina, de 82 anos, que morreu em junho do ano passado, em Parintins. Familiares afirmam que Cleusimar, Djidja e Bruno aplicaram doses de anabolizantes na idosa, num suposto ritual da seita.

Uma mulher que prefere não se identificar, contou como tudo aconteceu: “Cleusimar fez o ritual da cura, ela expulsou todo mundo da casa da minha avó. E nesse ritual eles aplicaram uma bomba, e deram maconha para minha avó. Para fazer medicação, para ela meditar. Às 3h da manhã do dia 29 minha avó teve um AVC.”, disse uma mulher que preferiu não se identificar, a reportagem do Fantástico, nesse domingo (9).

“Ela chamou minha tia que estava dormindo. E quando ela levantou, ela reclamou de muita dor de cabeça e ela caiu nos braços da minha tia”.

Logo depois da morta da mãe, uma irmã de Cleusimar envia um áudio a ela, pedindo que pare de usar drogas.

“Cleuse, que sirva de lição, minha irmã, para de usar droga!”, diz a mensagem. Segundo a prima, Cleusimar se drogava e dizia que tinha poderes para ressuscitar a mãe.

Segundo a polícia, a família pretendia abrir uma clínica veterinária para ter acesso mais rápido à droga. No fim do mês passado, a polícia prendeu o irmão de Djidja, Ademar, a mãe deles, Cleusimar, e mais três funcionários da rede de salões de beleza.

De acordo com a polícia, eles são suspeitos de usar a seita “Pai, Mãe, Vida” como pretexto para usar e vender cetamina, o que caracteriza tráfico de drogas.

Ademar também é investigado por estupro de uma jovem que teria sido abusada quando estava sob efeito da droga na casa da família. A justiça concedeu liberdade provisória com uso de tornozeleira eletrônica a uma das funcionárias investigadas, porque ela tem uma criança de um ano e nove meses.

Entenda o caso

Dilemar Cardoso Carlos da Silva, Djidja, como era conhecida, morreu aos 32 anos na casa em que vivia, no bairro Cidade Nova, em Manaus. Ela era uma das principais personagens, a Sinhazinha, do Boi Bumbá Garantido na festa de Parintins.

 

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