Uma mulher condenada à prisão perpétua por matar ao menos sete bebês, foi flagrada por um consultor sênior, tentando fazer mais uma vítima em um hospital onde trabalhava. A ex-enfermeira britânica, Lucy Letby, foi julgada nessa quarta-feira (12), por acusação de tentar matar uma recém-nascida na unidade neonatal.
Letby, de 34 anos, teria tentado matar a bebê prematura, identificada no tribunal como “Baby K”, em um hospital do noroeste da Inglaterra. Na abertura do caso, o promotor Nick Johnson alegou que a ex-enfermeira foi “praticamente pega em flagrante” por um consultor sênior, quando os níveis de oxigênio da pequena estavam caindo, em fevereiro de 2016.
A criança estava conectada a um respirador e a um monitor cardíaco e de saturação de oxigênio, com alarmes para alertar sobre qualquer irregularidade.
Mas o consultor pediátrico Ravi Jayaram entrou na unidade neonatal e viu Letby em pé ao lado da bebê quando seus níveis de oxigênio caíram sem que o alarme soasse.
“Não só isso, mas Lucy Letby não estava fazendo nada"m acrescentou o promotor, ao júri. “Sugerimos que o fato de Lucy Letby não estar fazendo nada e o fato de os alarmes não terem soado são evidências que permitem concluir que foi Lucy Letby, a assassina condenada, quem removeu o tubo [de respiração]”.
A ex-enfermeira foi condenada em um julgamento concluído no ano passado por matar sete bebês na unidade neonatal e tentar assassinar outros seis, entre 2015 e 2016.
O júri no primeiro julgamento não conseguiu chegar a um veredicto sobre a acusação de tentativa de assassinato de “Baby K”, o que motivou este novo processo.
Letby negou a acusação de tentativa de homicídio.
Seu advogado, Ben Myers, disse que "é importante enfatizar que as condenações não provam esta acusação. [...] Sustentamos que as provas não apoiam o que é alegado”.
*Com informações de AFP*