A delegada da Polícia Civil, Monah Zein, de 38 anos, foi denunciada pelo Ministério Pública de Minas Gerais (MPMG), por quatro tentativas de homicídio contra agentes da segurança pública.
Ela passou mais de 30 horas trancada em casa após agentes irem à porta do apartamento dela, no bairro Ouro Preto, na Pampulha, após ela enviar mensagens com um teor de risco à própria saúde em um grupo de amigos e colegas de trabalho. O MP ainda foi favorável a suspensão do cargo da delegada e a proibição de fazer entrar em contato ou fazer postagens nas redes sociais sobre as vítimas.
Segundo a denúncia que a reportagem da Itatiaia teve acesso, em 21 de novembro do ano passado, “foram mobilizadas equipes especializadas da Policia Civil (PUMA e CORE) que, juntamente com equipes do Hospital da Policia Civil (assistente social e psicológico) e do Corpo de Bombeiros, compareceram à residência da denunciada para fins de diálogo e garantia da integridade fica e mental dela, em razão de sua não apresentação ao trabalho e de postagens feitas por ela em grupo corporativo de WhatsApp, com aparente cunho suicida”
As equipes chegaram ao local por volta das 9 horas, quando, conforme a denúncia, " iniciaram tentativas de diálogo com a denunciada”, pedindo que ela abrisse a porta do apartamento e entregasse a arma.
Conforme o documento, desde o início da abordagem, a delegada insistiu que não precisava de ajuda. “Porém, demonstrava grande excitação, agressividade em seu comportamento, o que revelava, para as equipes atuantes, a necessidade de continuidade da ação.” Por isso, a equipe da Coordenadoria de Recursos Especiais da Polícia Civil (CORE) assumiu a negociação.
Em dado momento, já no período da tarde, Monah, “revelando a mesma agressividade com que vinha tratando com os policiais”, saiu do imóvel com a arma em mãos, passou pelo hall do elevador e entrou em uma sala. Lá, estava a equipe da polícia.
De acordo com a denúncia, ela apontou a arma para os policiais e, confrontado-os “de forma agressiva”, dizendo “continuamente” que “atiraria caso os policiais não fossem embora”.