A Justiça de São Paulo começa a decidir nesta sexta-feira (28) se o condutor do Porsche que matou um motorista por aplicativo, em março deste ano, no Tatuapé, Zona Leste da capital, irá ou não a júri popular.
A primeira audiência de instrução do caso está marcada para as 13h30, no Fórum da Barra Funda, Zona Oeste da cidade.
Fernando Sastre de Andrade Filho, de 24 anos, que está preso desde o dia 6 de maio, vai participar da audiência por videoconferência. Ele está na Penitenciária 2 de Tremembé, no interior do Estado, local conhecido por receber presos de casos de repercussão.
Conforme divulgado pela CNN, o motorista do Porsche será interrogado nesta sexta. Entre as testemunhas que serão ouvidas, está Marcus Vinícius, amigo de Fernando que ficou gravemente ferido no acidente, e Juliana de Toledo Simões, namorada do réu.
Fernando Sastre responde pelos crime de homicídio doloso qualificado, por ter assumido o risco de matar, e violência corporal gravíssima. Depois que as testemunhas forem ouvidas e o réu interrogado, o juiz responsável pelo caso, Roberto Zanichelli Cintra, da 1ª Vara do Júri, decidirá se o réu irá ou não a júri popular.
O acidente aconteceu em 31 de março deste ano, madrugada do domingo de Páscoa, na Avenida Tatuapé. O veículo da vítima, Ornaldo Viana, de 52 anos, foi atingido na traseira. Ele chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.
Durante a investigação, que teve troca de delegado no comando, a Polícia Civil levantou depoimentos de testemunhas que apontaram que o motorista havia ingerido bebida alcoólica antes da batida. Ele negou em depoimento e não fez o teste do bafômetro, visto que fugiu do local.
A investigação também conta com um laudo que aponta que ele estava a 156 km/h no momento do acidente na via que tem limite de 50 km/h.