Um engenheiro civil de 54 anos foi encontrado morto em um lote vago no bairro São Francisco, na região da Pampulha, em Belo Horizonte, após marcar um encontro por um aplicativo de relacionamento. Já o carro da vítima, identificada como Ricardo Buchmayer, foi encontrado abandonado em Esmeraldas, na região metropolitana de Belo Horizonte. O caso é investigado pela Polícia Civil.
Em entrevista à Itatiaia, Guilherme Buchmayer conta que o irmão morava no bairro Santo Antônio e tinha o costume de marcar encontros em aplicativos de relacionamento LGBT. No sábado (29), ele avisou que dormiria fora de casa, mas não detalhou para onde iria. Horas depois, os familiares tentaram entrar em contato com Ricardo e até perceberam que ele estava online em um aplicativo de mensagens, mas não respondia às mensagens. Isso chamou a atenção dos parentes.
Durante a madrugada de domingo (30), o carro do engenheiro foi encontrado em uma estrada em Esmeraldas, na regiao metropolitana. Inicialmente, a família acreditou que o engenheiro tinha ido passar o fim de semana no sítio de amigos da região e acabou sendo abordado por criminosos. Dentro do carro, foram encontradas duas facas, uma corda e manchas de sangue.
Os policiais e os familiares de Ricardo fizeram buscas em hospitais da região, mas o engenheiro não havia dado entrada em nenhum deles. O corpo de Ricardo foi encontrado no Instituto Médico-Legal (IML) de Belo Horizonte. Segundo os peritos, o cadáver havia sido achado em um lote vago no bairro São Francisco.
Pix e empréstimos
Após a localização do corpo de Ricardo, os familiares perceberam movimentações nas contas dele. Pelo menos uma transferência Pix de R$ 8 mil foi feita. Além disso, os criminosos tentaram fazer um empréstimo de mais de R$ 40 mil, mas a conta acabou sendo bloqueada pela família de Ricardo antes do valor ser liberado.
Revolta
Guilherme Buchmayer, irmão de Ricardo, disse em entrevista à Itatiaia que os encontros dele o preocupavam: ‘ele me mostrou o perfil de uma pessoa com quem ele saiu e eu fiquei preocupado. Não achava que essa pessoa condizia com o perfil dele, disse que ele não deveria estar encontrando com este tipo de pessoa. Infelizmente não deu tempo de alertá-lo com mais firmeza’.
O irmão de Ricardo afirma que está revoltado e pede justiça pelo crime: ‘Eu não posso nem chamar de humano quem fez isso com ele. Não é uma raça que a gente possa definir. Eu espero que eles sejam pegos o mais rápido possível. Ricardo era uma pessoa honesta, um engenheiro civil bem-sucedido, nunca deu problema para ninguém. Nossa família sempre teve orgulho dele. Eu faço questão de que eles peguem esses marginais, porque se eles fizeram isso com meu irmão, podem fazer de novo’.
A Itatiaia entrou em contato com a Polícia Civil e aguarda retorno. O espaço segue aberto.