PRESO EM MINAS TRAFICANTE LIGADO AO PCC, ÀS FARC E CARTÉIS MEXICANOS
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Publicado em 06/07/2024

A Polícia Federal cumpriu, nesta semana, nove mandados de prisão preventiva e 80 de busca e apreensão em Minas Gerais, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Bahia e Goiás. As ações fazem parte da operação “Terra Fértil”, que busca descapitalizar e desarticular uma organização criminosa atuante no tráfico internacional de drogas.

Conforme apuração da Folha de São Paulo, os principais alvos da operação são o narcotraficante Ronald Roland e seus aliados. O criminoso morava em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, e tinha relações de proximidade com a facção paulista Primeiro Comando da Capital (PCC).

O traficante já era conhecido da Polícia Federal. Em operações passadas, ele foi investigado como suspeito de ser o responsável por transportar drogas das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) até violentos cartéis mexicanos, como o de Sinaloa e Los Zetas.

Segundo a PF, as investigações revelaram que o grupo criminoso funcionava em uma complexa engrenagem, com a participação de uma grande quantidade de pessoas, sendo algumas ligadas ao PCC.

A corporação afirma que Roland e seus aliados tentavam esconder o patrimônio proveniente da prática de inúmeros crimes, entre eles o tráfico internacional de drogas. Para isso, os envolvidos criavam empresas de fachada e adquiriam imóveis e veículos de luxo. Eles também usavam as empresas para movimentar uma grande quantia de valores, incompatíveis com seu capital social.

A PF estima que organização criminosa tenha movimentado ilegalmente mais de R$ 5 bilhões de reais no período de pouco mais de cinco anos.

Durante as investigações, a PF mapeou diversas viagens de Roland a países da América Central e África. A corporação encontrou provas da relação do criminoso com o PCC a partir de quebras de sigilo de empresas ligadas a ele. As movimentações financeiras apontaram transações entre Roland e criminosos acusados de roubo a banco e ligados à facção.

“Os sócios das empresas geralmente não possuíam vínculos empregatícios a anos, alguns até receberam auxílio emergencial. A PF também constatou que algumas das pessoas jurídicas efetuavam transações com empresas no ramo de criptomoedas e de atividades que não tinham relação com o ramo de negócio, o que leva a crer que os investimentos estivessem sendo usados para mascarar a origem ilícita dos valores”, acrescentou a corporação.

A operação desta terça-feira (2) contou com a participação de 280 policiais. Além dos mandados de prisão e busca e apreensão, a 3ª Vara Federal Criminal da Comarca de Belo Horizonte expediu uma ordem para que medidas cautelares, como sequestro de bens e bloqueio de contas, fossem tomadas.

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