TRÊS POLICIAIS SÃO ABSOLVIDOS POR MORTE DE MENINO NO RIO
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Publicado em 10/07/2024

A Justiça do Rio de Janeiro absolveu os três policiais civis da Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE) pela morte do adolescente João Pedro, 14 anos, baleado em 2020, dentro de uma casa, durante uma operação policial em São Gonçalo, na região metropolitana.

A juíza Juliana Bessa Ferraz entendeu que os agentes agiram em legítima defesa. João Pedro morreu durante uma ação conjunta das Polícias Federal e Civil no dia 18 de maio de 2020. Ele brincava dentro da casa do tio, com amigos, quando foi atingido por um tiro de fuzil nas costas. O adolescente chegou a ser socorrido de helicóptero, mas não resistiu. A casa do tio ficou com mais de 70 marcas de tiros.

Quase dois anos após a morte do adolescente, a Justiça aceitou a denúncia contra os três policiais civis, que se tornaram réus por homicídio duplamente qualificado e foram denunciados por fraude processual. Na época, os agentes envolvidos afirmaram que traficantes da região de São Gonçalo pularam o muro da casa onde João Pedro estava e dispararam contra os policiais, arremessando granadas na direção dos agentes. Já a família do jovem e testemunhas ouvidas pela polícia disseram que os policiais já chegaram atirando e que não havia confronto.

Cena do crime alterada

As investigações apontaram que a cena do crime foi alterada pelos acusados, para criar vestígios de um confronto com criminosos. Segundo o MP, os agentes envolvidos na ação que resultou na morte de João Pedro plantaram no local diversos explosivos, uma pistola Glock, calibre 9 milímetros, e posicionaram uma escada junto ao muro dos fundos do imóvel. O Ministério Público fez a reconstrução do crime e concluiu que o tiro que matou João Pedro saiu da arma de um dos policiais.

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