A Polícia Civil está investigando um auxiliar de necropsia do Instituto Médico Legal (IML) de Guarulhos, na Grande São Paulo, pela suspeita de compartilhar fotos e vídeos de cadáveres em grupos de aplicativos de mensagens.
As informações do caso foram divulgadas nesta quinta-feira (11) em reportagem do portal g1 e confirmadas pela Itatiaia com a Secretaria de Segurança Pública (SSP).
Segundo a secretaria, o servidor foi investigado em um inquérito da Polícia Civil instaurado pelo 2º Distrito Policial (DP) de Guarulhos por vilipêndio de cadáver, que é crime contra o respeito aos mortos.
O inquérito foi relatado ao Poder Judiciário em abril deste ano, informou a SSP. O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) afirmou à Itatiaia que a investigação está na fase de inquérito policial e que há sigilo.
Ainda de acordo com a secretaria, o caso também está sendo apurado pela Corregedoria da Polícia Civil por meio de uma sindicância administrativa “para que as medidas cabíveis sejam tomadas”.
Em nota, a SSP informou ainda que “a conduta do policial em questão não condiz com as práticas da Superintendência de Polícia Técnico-Científica (SPTC), a qual instrui todos os seus agentes a atuarem em conformidade com a lei e em respeito às vítimas”.
Imagens e cobrança para mostrar cadáveres
Conforme a reportagem, a investigação começou com uma denúncia de que o auxiliar Eron Marcelo Reis acompanhava estudantes de uma escola preparatória para concursos e recebia R$ 100 para que eles pudessem ter contato com os cadáveres.
As imagens, que eram fotos, vídeos e prints, mostravam rostos e partes íntimas dos corpos. A reportagem mostrou também que o agente disse à polícia que as imagens eram para fins de estudo e que ele “tinha cuidado para que não apresentasse nestas postagens o rosto”.
A Itatiaia tenta localizar a defesa do auxiliar de necropsia do IML.