Principal investidor da Sociedade Anônima de Futebol (SAF) do Atlético, Rubens Menin elogiou o trabalho de Pedro Lourenço à frente do futebol do Cruzeiro. Além disso, o empresário afirmou que o bom momento do rival é importante para o Galo.
Em entrevista ao ge, Menin projetou o futuro do Cruzeiro sob a gestão de Pedrinho e comentou sobre a dualidade entre a paixão e a razão dentro de um clube-empresa.
“Falar do rival é complicado, mas eu acho o Pedrinho um cara bacana, apaixonado pelo Cruzeiro e acho que o Cruzeiro vai sair melhor com ele. Mesmo que a torcida não goste, o Cruzeiro forte é importante para o Atlético, para o futebol mineiro e brasileiro”, ressaltou.
Ainda de acordo com o investidor atleticano, por causa do forte investimento na nova administração, o Cruzeiro tem tudo para brigar pelos principais títulos do país.
“Eu tenho certeza de que o Cruzeiro será um desses 10 times fortes no Brasil lá na frente, o Atlético, o Cruzeiro, o Grêmio, o Internacional, o São Paulo”, encerrou.
Investimentos do Cruzeiro
Com a troca de comando da Sociedade Anônima de Futebol (SAF), o Cruzeiro mudou o patamar do elenco com contratações de peso, especialmente de olho na reta final do Campeonato Brasileiro e na fase mata-mata da Copa Sul-Americana.
Sob a gestão de Pedro Lourenço, o Cruzeiro agiu rápido no mercado e oficializou a chegada de sete contratações. No total, foram investidos R$ 184,25 milhões para a janela de transferências deste mês. Vale destacar que Cássio, por exemplo, deixou o Corinthians rumo à Toca da Raposa II, em Belo Horizonte, sem custos.
Com Pedrinho, o Cruzeiro também optou por comprar o passe de atletas que estavam emprestados, casos do zagueiro João Marcelo e do meia Matheus Pereira.
Quando Ronaldo ainda estava à frente da SAF, o clube celeste investiu R$ 11,8 milhões nas contratações dos argentinos Lucas Romero, Juan Ignacio Dinenno, Lucas Villalba e Álvaro Barreal.
Clássico com torcida única
Na mesma entrevista, Rubens Menin defendeu o fim das torcidas únicas nos clássicos entre Atlético e Cruzeiro. Ele pontuou que esse é um debate em que os clubes mineiros precisam evoluir.
“Se a gente quer ter esse lugar no mundo, futebol seja o evento mais importante do mundo, o entretenimento mais importante do mundo, a gente tem que começar pelo respeito. E o grand finale, as torcidas. Em todo lugar do mundo tem torcida, por que nós não vamos ter no Brasil? Nós precisamos melhorar nisso. Isso pra mim é um ponto que nós temos que evoluir”, disse.
Em janeiro deste ano, Atlético e Cruzeiro anunciaram um acordo, válido por dois anos, por torcida única em clássicos.
A ideia de não ter torcedores visitantes partiu da diretoria alvinegra após a Arena MRV ser depredada por cruzeirenses em jogo válido pela última edição da Série A do Campeonato Brasileiro.