GERENTE DA PBH É DENUNCIADO POR ESTUPRAR FUNCIONÁRIA EM PARQUE
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Publicado em 07/08/2024

Uma mulher de 41 anos denunciou um gerente regional da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), de 44, por estupro no ambiente de trabalho e por diversas ameaças, entre elas, de atropelamento. A vítima foi à delegacia contar que está sendo perseguida há quase oito meses.

Conforme o boletim de ocorrência a que a Itatiaia teve acesso, esta semana, a servidora procurou a Polícia Militar (PM) para prestar queixa contra o chefe responsável por um parque municipal da capital mineira. Os detalhes do caso, como a localização e identificação do suspeito, não serão revelados para que a vítima não seja identificada.

No dia 15 de janeiro, a vítima relatou que o chefe mandou todos os funcionários saírem do parque, menos a vítima. Foi quando ele apareceu no local e “a obrigou a ter relação sexual com ele dentro do banheiro, e caso não o atendesse, a vítima ia ser demitida.”

Dois dias depois do estupro, segundo o b.o, ο homem apareceu no parque “com a mesma intenção, porém a vítima não estava mais no local.”

Depois disso, ela denunciou o gerente na corregedoria da prefeitura. Ao saber disso, o autor, então, começou a persegui-la, mandando-a fazer serviços fora do parque, como de gari. Em um dos episódios, a mulher foi obrigada a fazer a limpeza numa praça, das 7h as 15h, sem poder ir ao banheiro.

Conforme o registro policial, a “vitima alega que foi também obrigada a tirar foto do serviço antes e depois e enviar para o autor”. Segundo ela, “esse trabalho forçado de limpeza que fez na praça a levou a uma internação com lombalgia, que travou sua coluna e está com sequelas até hoje”. Ela também contou que, devido ao abuso, desenvolveu infecção urinaria.

Em 9 de maio, o suspeito mandou o supervisor da vítima transferi-la.

No mês passado, ela passou a ser ameaçada por meio de ligações. Em um dos episódios, segundo o b.o, o homem ameaçou a atropelar de bicicleta — meio de transporte que a mulher utiliza para chegar ao trabalho.

Ainda de acordo com o documento, a vítima foi alertada por um colega de trabalho que evitasse usar a bicicleta, pois o autor ameaçou “que onde a vítima estiver, vai passar com o carro por cima dela”.

Segundo a funcionária, ela ainda recebe ligações de ameaças, em que o autor distorce a voz e lhe pede que fique calada.

A vitima teve audiência online com a Corregedoria da PBH em 5 de agosto e solicitou uma medida protetiva.

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