Mateus Simões afirma que não dá para governar Minas Gerais sem o Agronegócio
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Publicado em 24/11/2024

Apontado como candidato em 2026, o vice-governador de Minas Gerais, Mateus Simões, tem estabelecido uma relação de proximidade com o agronegócio mineiro.

O político do Novo tem repetido uma estratégia do seu padrinho político, governador Romeu Zema (Novo), e apostado em várias agendas no interior do Estado. Quando não está recebendo prefeitos e representantes de setores econômicos na Cidade Administrativa, o vice-governador aposta em incursões nos quatro cantos de Minas. Boa parte dessas agendas é relacionada ao agronegócio.

Nesta semana, mesmo após Zema ter retornado de uma viagem internacional, Simões foi escolhido para representar o Estado na Semana Internacional do Café. O evento, considerado um dos mais importantes do Estado, contou com a presença de representantes de 40 países e um público de cerca de 20 mil pessoas.

Diante de representantes de vários segmentos do agro e do setor do café, Simões fez acenos ao setor e exaltou a importância do segmento em Minas Gerais. Ao ser questionado pela Itatiaia se contaria com o apoio do agronegócio nas eleições de 2026, o vice-governador afirmou que não dá para governar o Estado e desprezar a força do agro.

“Eu morei na fazenda até os 14 anos e até hoje vivo da atividade agrícola. Então a minha identidade com o agro precede à atividade política. Eu sou do meio. As pessoas acham graça de eu estar de botina muito comumente, eu usar terno com bota, porque essa é a minha origem, eu estive na fazenda e quando meus pais foram vivos foi lá que a gente morou. Então eu me identifico com essa área. Mas ainda que eu não me identificasse, ninguém pode pretender governar Minas Gerais ignorando a representatividade do agronegócio, que representa 23% da nossa economia - só perde para mineração”, disse, acrescentando que a tendência é que o agro lidere o indicador em breve.

“Porque a mineração tem limite, que é o tamanho das nossas jazidas. O agro está muito longe do seu limite, tanto na pecuária quanto na agricultura. Nós podemos ir ainda muito longe sem derrubar um único pé de pequi, sem fazer nenhuma abertura nova diária, fazendo só conversão de pastagem degradada para que a gente possa, irrigando, cultivando com tecnologia, ser o centro da produção agrícola do Brasil em tudo que a gente queira. Nós somos o maior produtor de café, nós somos a maior bacia leiteira, nós somos o maior produtor de laticínio. Estamos entre os quatro maiores de todo o resto, de soja, de milho, de aves, de frango, de boi. Minas Gerais vive a realidade do agro como parte da sua identidade cultural”.

Apoio de Zema

O governador Romeu Zema tem contribuído para fortalecer a imagem de Simões como um produtor rural e com raízes no interior de Minas. Em março deste ano, a gigante europeia do setor de fertilizantes EuroChem anunciou o investimento de R$ 1 bilhão em Serra do Salitre, no Triângulo Mineiro. No palco, além dos investidores internacionais, o presidente Lula e a alta cúpula do Governo Federal. Ao ser chamado para discursar, Zema falou brevemente, quebrou o protocolo presidencial e passou o microfone para Simões falar diante de uma plateia formada por alguns dos nomes mais importantes do agronegócio mineiro.

“Vou quebrar o protocolo. A minha fala vai ser muito rápida, mas eu quero escutar uma pessoa que é a mais impactada pelo o que está acontecendo aqui hoje, o produtor rural. Terá uma palavra aqui um produtor rural muito próximo de mim que é o vice-governador, Mateus Simões. Fale aqui, o que isso vai impactar”, disse Zema ao passar a fala para Simões, que foi aplaudido pela plateia ao exaltar o investimento e as potencialidades do agro estadual.

Mateus Simões tem ganhado protagonismo no Governo Zema. O vice-governador tem substituído Zema em vários em eventos oficiais e é tratado como ‘pré-candidato orgânico’ pelo Novo em 2026.

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