Mulheres são presas por venda de remédio ilegal para Emagrecer
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Publicado em 27/11/2024

Três mulheres foram presas em flagrante nesta quarta-feira (27) durante uma operação da Polícia Civil contra uma organização criminosa que vendia medicamentos ilegais para emagrecimento. A operação, batizada “Seca Máximo”, também cumpriu 12 mandados de busca e apreensão na Capital Fluminense, na Baixada Fluminense e na Região dos Lagos.

Segundo os policiais da delegacia da 19ª DP (Tijuca), uma das mulheres presas, principal alvo da operação, se associou a outras cinco pessoas e estabeleceu uma rede de vendas ilegais, por meio de redes sociais, de um produto nomeado como “Seca Máximo ”. Os anúncios afirmavam que se tratava de um produto 100% natural, fitoterápico, com o qual seria possível um emagrecimento “milagroso”, perdendo até 10 quilos em menos de duas semanas.

As investigações começaram após uma das vítimas procurar a delegacia e relatar aos policiais que, logo após o uso do falso produto, apresentou sintomas de tonturas, vômitos, tremores e sudorese. Segundo a polícia, a mercadoria foi encaminhada para exame de perícia e o laudo revelou que as substâncias contidas no produto seriam Sibutramina (medicamente tarja preta, inibidor de apetite que atua no sistema nervoso central) e Bisacodil (um forte laxante).

De acordo com o delegado Álvaro de Oliveira Gomes, a quadrilha comprava os remédios originais e depois repassava para outros frascos com novos rótulos.

“Pelo que a gente conseguiu levantar informalmente elas comparavam em farmácia mesmo, sem receita. Então agora vamos procurar saber que farmácias eram essas que estavam fornecendo. E, a partir do momento que elas adquiriam esse medicamente original, elas tiravam daquele blister (papel com alumínio) e colocavam num frasco muito parecido com aqueles fracos utilizados pelas farmácias de manipulação. Mandavam numa gráfica, ou em casa mesmo elas faziam os rótulos, colocavam nesses frascos e ofereciam para venda nas redes sociais. Inclusive, tentando dar um ar de profissionalismo, tentando simular a venda de um produto sério. No rótulo constavam o nome das substâncias ativas, mas nenhuma daquelas substâncias realmente constavam no produto. Também não tinha prazo de validade, lote, CNPJ e, obviamente, não tinha o registro da Anvisa”, disse o delegado.

Segundo a polícia, a líder do grupo ostentava uma vida de luxo nas redes sociais, demonstrava comportamento agressivo e chegava até a debochar de clientes. Outros integrantes da quadrilha foram identificados. Os envolvidos responderão pelos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico de drogas, venda de produto farmacêutico corrompido, associação criminosa, exposição a perigo da vida e crimes contra o consumidor.

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