Prefeituras mineiras gastaram quase R$ 1 bilhão em shows em 5 Anos
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Publicado em 28/11/2024

As prefeituras das cidades de Minas Gerais gastaram um total de R$ 939.888.035,93 nos últimos cinco anos em shows musicais. Os números constam em um levantamento divulgado pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE-MG), que ainda avalia se os executivos municipais praticaram alguma irregularidade na contratação.

Os dados mostram que o gênero sertanejo dominou as apresentações, que vêm em crescente no período. Em 2020 e 2021, anos mais intensos da pandemia da Covid-19, os gastos com shows musicais movimentaram menos recursos. A partir de 2022, no entanto, os gastos dispararam.

Confira:

2020 - R$ 14.141.316,30

2021 - 6.707.844,44

2022 - 185.399.981,67

2023 - 306.098.158,93

2024 - 427.540.494,59

Total: R$ 939.888.035,93

Além disso, o painel mostra que a cidade de Itabirito, na região central de Minas, é a que mais gastou com shows no período: mais de R$ 11 milhões. Depois vêm as cidades de Ituiutaba e Barbacena.

Confira o top 10 de cidades:

Itabirito – R$ 11.332.999,99

Ituiutaba – R$ 10.831.000,00

Barbacena – R$ 9.782.500,00

Nova Lima – R$ 9.716.820,00

Itabira – R$ 7.576.449,50

Pirapora – R$ 6.765.096,62

Extrema – R$ 6.552.562,70

Buritizeiro – R$ 6.269.000,00

Itatiaiuçu – R$ 6.221.000,00

Ouro Preto – R$ 5.798.609,00

De acordo com o diretor de fiscalização integrada e inteligência do TCE-MG, Henrique Quites, eventuais irregularidades estão sendo analisadas pelo Tribunal de Contas. “Em um primeiro momento, estamos exercendo nosso papel de contribuir com a transparência de uma parcela expressiva dos orçamentos públicos que estão sendo destinados a tais finalidades”.

Ele explica que as análises irão gerar um relatório que será encaminhado para a presidência do Tribunal. O painel, segundo Henrique, é importante para garantir a transparência das contratações.

“Você pode observar que é possível que qualquer pessoa verifique que determinada artista foi contratado por um preço por determinada cidade e por outro, em outra cidade. Isso pode ser um indício de irregularidade, mas pode não ser, depende do porte do show, da época do ano, enfim. Mas às vezes a discrepância de preço é muito grande. Então uma questão é a regularidade da contratação”.

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