O vice-governador Mateus Simões (Novo) usou suas redes sociais para criticar o plano de ajuste fiscal anunciado pelo ministro Fernando Haddad (PT), da Fazenda.
Simões avaliou que o governo petista está preocupado com a eleição de 2026 e não com um efetivo controle dos gastos públicos e equilíbrio fiscal.
“Gente, tem algumas coisas que a gente ouve, que fico me perguntando se minha vó não tinha razão, ao dizer que, às vezes, era melhor ser surdo para não ouvir algumas coisas. Ouvindo a explicação do ministro Haddad hoje, comemorando a redução de impostos. Que redução de impostos? O corte no Imposto de Renda, com a isenção para quem ganha até R$ 5 mil, coisa que eles prometeram lá em 2022, ano de eleição? Olha que coincidência, também não vão fazer agora não, a promessa é que eles vão fazer em 2026. E sabe o que tem em 2026? Ano de eleição. Pessoal só pensa em eleição, agora, cadê o compromisso com a redução dos gastos, das despesas, com cortes de benefícios e privilégios? Isso não tem né. Aliás, está falando de corte, mas os impostos estão aumentando e está tudo ficando mais caro no Brasil. Brincadeira uma coisa dessa, falta de respeito com quem está ouvindo a notícia. É hora de fazer ajuste fiscal, ministro”, afirmou Simões.
O plano de Haddad
Após quase dois meses de discussões e especulações, o governo federal anunciou oficialmente na quinta-feira (28) os detalhes do pacote de contenção de gastos.
As medidas, detalhadas pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, estimam uma economia de R$ 71,9 bilhões em 2025 e 2026. A longo prazo, a previsão é que o governo economize R$ 327 milhões até 2030.
As propostas anunciadas pelo governo seguem em linha com o pronunciamento realizado ontem (27), em cadeia nacional, pelo ministro Haddad. Fazem parte das medidas anunciadas pelo governo:
Mudanças no cálculo de reajuste do salário mínimo
Redução do limite de renda para acesso ao abono salarial
Novas regras para a previdências dos militares das Forças Armadas
Regras para garantir o cumprimento do teto constituconal no salário de servidores
Limite para o aumento no repasse de emendas parlamentares
Gatilhos que proibam reduções de impostos ou isenções em caso de défict primário