Desde a saída do argentino Gabriel Milito, em 4 de dezembro, Atlético segue no mercado em busca de um novo técnico. Nesta quarta-feira (18), o clube completa duas semanas sem um novo comandante para Everson, Hulk, Arana, Paulinho, Deyverson e companhia.
Na última rodada do Campeonato Brasileiro, quando venceu o Athletico-PR por 1 a 0, a equipe foi comandada por Lucas Gonçalves, auxiliar permanente do Alvinegro. Apesar do resultado positivo, internamente não é discutida uma efetivação ao profissional que está no clube desde 2016.
Nos bastidores, os nomes mais cotados para assumir o trabalho na próxima temporada são do português Luis Castro e de Cuca, velho conhecido da torcida e multicampeão em suas passagens pela Cidade do Galo. O último, porém, não é unanimidade na cúpula e o nome perdeu força segundo fonte importante.
Já o português, demitido em setembro pela Al Nassr, da Arábia Saudita, tem motivo especial para não trabalhar até o fim de junho: ele receberá mais de R$ 2 milhões (de compensação), por mês, durante este período.
Recentemente, durante evento em Portugal, o técnico de 63 anos destacou que não deve voltar à ativa “de imediato”. Castro confirmou que vem recebendo contato de vários clubes brasileiros, mas reforçou o prazo estipulado para assumir uma nova equipe.
“Felizmente, ao longo deste tempo, desde que saí do Al Nassr, tem havido várias abordagens. Tenho falado com as pessoas de forma natural, como sempre fiz ao longo da minha vida, de forma muito respeitosa com os clubes que fizeram essas abordagens de diferentes países do mundo. Aquilo que posso dizer neste momento é que a minha intenção será voltar ao trabalho apenas em junho ou julho do ano que vem”, disse.
Outros interessados
Além do Atlético, clubes como Santos e Vasco também demonstraram interesse em Luís Castro. Mesmo com o objetivo de voltar a trabalhar apenas no segundo semestre de 2025, ele ainda explicou quais motivos o fariam mudar de ideia.
“Se me sentir muito atraído por um projeto, não quer dizer que não o aceite. Mas só um projeto que me cative por completo – e não tem nada a ver com dinheiro – é que me fará desviar do meu objetivo. Se algum projeto me cativar pela forma como querem abordar a temporada, os objetivos a atingir, a organização que têm, o plantel, a academia… Mas a ideia será voltar apenas na próxima época”, detalhou.
Luís Castro frisou que essa intenção “não exclui nada”, tendo em vista que “o futebol para os treinadores não tem datas”.
Atlético mantém sigilo
Em silêncio, a diretoria do Atlético evita comentar nomes e, assim como já faz no caso de reforços e/ou saídas, avisa que só se manifestará após martelo batido.
Contudo, por outro lado, o clube afirma que o planejamento já é executado há alguns meses. Isso, em relação às várias questões como programação, logística, viagens, orçamentos para todos os setores do futebol, etc. No que diz respeito ao elenco, vários nomes são mapeados e a diretoria “ataca” as carências (por setor) e as saídas de atletas que não estão nos planos; neste último quesito, Alan Kardec, Vargas e Mariano foram os nomes oficializados até o momento.
Encontrar um novo técnico no mercado é prioridade, principalmente para o fechamento do grupo para a próxima temporada. Conforme apurou a reportagem, pode ser que alguma movimentação seja feita sem o novo técnico, até porque algumas negociações já estavam em andamento. Por outro lado, é de entendimento da cúpula e da diretoria que o escolhido terá libertade para indicar algum nome ou posição que ele entenda ser necessária ter mais atletas.
Os jogadores se reapresentam em 8 de janeiro no Centro de Treinamentos do clube, para o início da pré-temporada.
