Waldez Góes se reúne com presidente da Petrobrás nesta terça (21) para discutir Margem Equatorial
Publicado em 21/01/2025 11:20
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O ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes (PDT), se reune, nesta terça-feira (21), com a presidente da Petrobrás, Magda Chambriard, para discutir o planejamento para estados que serão abrangidos pela exploração da Margem Equatorial.

A informação foi adiantada pelo ministro em entrevista exclusiva à Itatiaia. “Vamos discutir, sobretudo, os planos de investimento que a Petrobras tem, uma vez sendo feita a autorização para a exploração de gás e petróleo na Margem equatorial, porque tem que ter uma preparação do Amapá, da Amazônia e do Brasil para isso. Se a exploração de Petróleo vier a acontecer daqui a cinco anos você tem uma série de providências que a comunidade local, que a comunidade científica, que a comunidade empreendedora, que os agentes políticos precisam adotar desde hoje” afirmou.

Licenciamento

Na avaliação do ministro, a liberação do Ibama deveria ocorrer de imediato para que a exploração começasse acontecer em março. “Tecnicamente, politicamente, em termos de cronograma, o ideal era uma liberação dessa sair agora para que a Petrobras, em fevereiro e março, fizesse a limpeza (do navio com a sonda) e em março, abril, já estivesse localizando, fazendo a mobilização dos equipamentos”, explicou.

Transição e segurança energética

Segundo Góes, a exploração da Margem Equatorial é segura e fundamental para a segurança enérgetica do Brasil. “Ela, aparentemente, às vezes é debatida como se fosse um interesse só do Amapá ou da Amazônia ou do Brasil. Não, ela é um interesse internacional. É previsto que a margem equatorial que vai desde Rio Grande do Norte ao Amapá, o potencial seja até maior do que o pré-sal.

Ainda de acordo com o ministro, o Brasil precisa manter sua soberania. “O mundo não pode se dirigir para a gente como se nós fôssemos os irresponsáveis e eles os responsáveis. O Brasil entrega mais energia renovável que o mundo. O Brasil entrega menos emissões que o mundo. E o Brasil tem muito mais condição moral para explorar as suas vocações com a responsabilidade ambiental que sempre teve. Nós precisamos fazer transição energética. E quem financia a transição energética? Então, a margem equatorial pode ser um grande lasco para a transição energética. Então, a Petrobras já cumpriu todas as exigências do Ibama e a gente está na expectativa de que o Ibama definitivamente se posicione”, detalha.

‘Pressão internacional’

O ministro defendeu a Petrobrás e enfatizou que não explorar a Margem Equatorial pode levar o Brasil a aumentar a dependência internacional. “Eu acredito na Petrobras, na história da Petrobras, no que a Petrobras tem levantado dos compromissos de explorar a margem equatorial e da necessidade de nós não virarmos importadores, porque o pré-saúde já está em declínio. Se você não tiver uma nova base que sustente essa transformação ecológica, nós vamos virar um Estado importador de combustível, um país importador de combustível. Então, tem um interesse geopolítico muito grande em relação a pressionar o Brasil para não explorar a margem equatorial”, declarou o ministro.

O que é a Margem Equatorial?

A Margem Equatorial é uma área costeira, localizada entre os estados do Amapá e Rio Grande do Norte. e que apresenta um importante potencial petrolífero. A Petrobrás aguarda licença do Ibama para iniciar a exploração que é alvo de polêmica por questões ambientais.

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