Começa hoje júri de acusado de atropelar Cicloativista
Publicado em 23/01/2025 13:18
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Começa nesta quinta-feira (23) o julgamento do caso Marina Harkot, cicloativista morta atropelada em São Paulo, em 2020. O empresário José Maria da Costa Júnior estava a 93 km/h em uma via cujo limite é de 50 km/h e fugiu depois do acidente.

José Maria responde em liberdade ao processo por homicídio doloso qualificado por dolo eventual (por ter arriscado a vida de outras pessoas e assumido o risco de matar).

O motorista também é acusado pelo Ministério Público de embriaguez ao volante (dirigir sob efeito de bebida alcoólica) e omissão de socorro (fugir do local sem prestar socorro à vítima).

A Justiça marcou para as 12h30 o júri popular do caso, no plenário 10 do Fórum Criminal da Barra Funda, Zona Oeste da capital paulista. A previsão é de que possa durar até sexta-feira (24).

O julgamento do réu será conduzido pela magistrada Isadora Botti Beraldo Moro. Ela irá interrogar o acusado durante o júri.

Antes de a Justiça ouvir o motorista, falarão sete testemunhas, sendo quatro indicadas pela acusação, duas pela defesa, e outra comum às partes.

José Maria deveria ter sido julgado em 20 de junho de 2024, mas alegou naquela ocasião que estava com dengue e não poderia ir ao fórum. Por esse motivo, a sessão foi adiada.

Quem era Marina Harkot?

Marina Harkot tinha 28 anos e era socióloga pela Universidade de São Paulo (USP). Fazia doutorado e atuava como pesquisadora do Laboratório Espaço Público e Direito à Cidade (LabCidade) e Ciclo Cidade, além de atuar em outros grupos ligados à mobilidade ativa.

Os pais dela e o viúvo decidiram criar o projeto ‘Pedale como Marina’. Os três deverão estar no plenário do júri acompanhando o julgamento.

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