“Quando ela estava para gerar, eu perdi um afogado. E agora eu perco minha princesinha. Meu coração está rasgado, está sangrando”, afirma Welton Ferreira, pai de Stefany Vitoria Teixeira Ferreira morta nesse fim de semana. O corpo da adolescente foi identificado nessa quarta-feira (12), e o pastor João das Graças Pachola, de 54 anos, confessou o assassinato.
Stefany estava desaparecida desde o último domingo (9), em Ribeirão das Neves, na Grande BH, e o corpo foi encontrado na terça-feira (11). Antes do desaparecimento, ela disse à família que iria a casa de uma amiga e, depois, iria à igreja, mas não retornou.
Carona
Conforme a polícia, o pastor ofereceu carona para a jovem Stefany. Como era vizinho da família e, supostamente, um homem de confiança, ela aceitou. No entanto, ele a levou para uma lagoa na região do Tijuco. Segundo as investigações, Stefany conseguiu sair do carro desesperada, mas o pastor a pegou a força.
Um casal que estava na região viu a movimentação estranha. Nesse momento, João das Graças teria dito que a menina era filha dele e que está passando por problemas mentais. A versão gerou desconfiança, o casal anotou a placa do veículo e passou para a polícia. A informação foi fundamental para a prisão do pastor.

Justiça mantem prisão de pastor que matou adolescente em Ribeirão das Neves
A 1ª Vara Criminal e do Tribunal do Júri da Comarca de Ribeirão das Neves converteu nesta quarta-feira (12) para preventiva a prisão de João das Graças Pachola, o pastor que matou a adolescente Stefany.
A decisão é da juíza Fernanda Chaves Carreira Machado, da 1ª Vara Criminal e do Tribunal do Júri da Comarca de Ribeirão das Neves. A magistrada comentou sobre a defesa do pastor:
‘A tese não se sustenta. Entre a comunicação de desaparecimento da vítima e o início da apuração e busca do possível responsável pelo sumiço não ultrapassou o tempo de 24 horas. Logo, quanto ao feminicídio, é segura a situação de flagrância.
De igual forma, quanto ao crime de ocultação de cadáver não há nenhuma dúvida do estado flagrancial, vez que ostenta especial característica de habitualidade, por ser crime permanente, configurando enquanto não descoberto o corpo’, afirmou a juíza.
João das Graças Pachola vai responder pelos crimes de feminicídio e ocultação de cadáver.