A polícia tenta localizar todos os bandidos envolvidos num ataque a tiros na delegacia de Campos Elísios (60ª DP), em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. O caso aconteceu por volta das 11 da noite desse sábado (15). Pelo menos dez bandidos armados com fuzis cercaram o prédio para invadir a delegacia e resgatar dois homens que haviam sido presos pela manhã.
Policiais que estavam na unidade reagiram, dando início a uma intensa troca de tiros. Durante o confronto, dois policiais ficaram feridos, mas os agentes já receberam alta. Os bandidos fugiram, deixando um rastro de destruição na delegacia.
Marcas de tiros por toda a fachada da unidade policial e também na delegacia, além de marcas de balas nas viaturas da polícia. Os bandidos fugiram após o ataque. Vídeos postados nas redes sociais mostram alguns criminosos sentados no porta malas de um carro com as armas na mão. O resgate não foi possível porque ambos os detentos não estavam na delegacia. Eles já tinham sido transferidos para a Cidade da Polícia, na Zona Norte do Rio.
Os detentos foram identificados como Rodolfo Manhães, conhecido como Rato, chefe da comunidade Faz Quem Quer, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, e Weslei de Souza.
A polícia pediu que eles sejam transferidos para presídios federais.
Por conta da destruição, a delegacia segue interditada. Na manhã desse domingo (16), foi realizada uma perícia no local.
Também nesse domingo, a polícia fez uma operação em comunidades de Duque de Caxias para tentar prender os criminosos envolvidos na invasão à delegacia. Cinco homens foram presos e um morreu.
Segundo a polícia, todos que participaram do ataque já foram identificados. Numa coletiva de imprensa realizada neste domingo, o secretário de segurança, Vitor Santos, comentou sobre o assunto.
“A gente já viu Bonde do Paquito, Bonde do Loirinho, invasão a delegacias, ataque às delegacias, desde a época da Benedita da Silva, quando era governadora. Então,, o fato é muito grave. Barricadas construídas na frente de delegacias, chapas de aço colocadas na frente de delegacias, isso há quase 20 anos atrás. Obviamente, hoje, você tem um recurso que é todo mundo hoje ter um telefone celular. A mídia hoje, a informação, é divulgada com muito mais rapidez. E tem que ser. Porque isso é a forma, talvez, que a gente possa fazer com que essas autoridades…eu digo até de um garantismo ingênuo, de tratar com regras aqueles que não seguem regras, que são os criminosos, a gente chega ao estado de coisas que a gente vê hoje no Rio de Janeiro.”
Nas redes sociais, o governador Cláudio Castro também se pronunciou sobre o episódio. “A ousadia dos criminosos ao atacar uma delegacia de polícia não vai ficar por isso mesmo. Já identificamos todos eles e vamos pegá-los de qualquer jeito. E já vou avisando à turminha dos “direitos humanos”, não encham o meu saco, porque a resposta será dura e na mesma proporção, só que com efetividade e dentro da lei.”