O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), afirmou que há falta de mão de obra em diversas cidades do estado e criticou a dependência de jovens do Bolsa Família.
Segundo ele, muitas prefeituras têm identificado beneficiários do programa social que poderiam estar empregados. As declarações foram dadas durante o evento de anúncio de um pacote de R$ 400 milhões em financiamentos do BDMG para municípios mineiros, nesta terça-feira (20).
“Um prefeito me disse: ‘na minha cidade, tem empresas se instalando e não há mão de obra, mas a assistência social da prefeitura apontou 738 homens jovens dependendo do Bolsa Família”, disse Zema, relatando uma conversa que teve antes do evento. Ele defendeu que o poder público deve atuar para conscientizar essas pessoas sobre as vantagens do emprego formal. “Trabalhar, ter um emprego formal, onde ele vai aprender, onde ele vai desenvolver, é muito melhor do que ficar recebendo um seguro, auxílio, família, Bolsa Família, fazendo bicos, onde ele nunca vai ser um profissional de fato”.
Zema destacou que a taxa de desemprego em Minas está baixa e que a economia tem se fortalecido, sobretudo com o crescimento do agronegócio. Ele também comemorou a criação de empregos formais em sua gestão. “Final deste ano ou ano que vem, com toda certeza, eu vou ter o orgulho de anunciar que atingimos um milhão de empregos formais criados no Estado”, projetou.
No evento, o governador anunciou que os R$ 400 milhões do BDMG serão destinados à prevenção e recuperação de desastres naturais, como enchentes e secas. Ele destacou que quase R$ 50 milhões já foram liberados para cidades afetadas por eventos climáticos recentes.
Zema também mencionou investimentos em infraestrutura e garantiu que irá entregar hospitais regionais e concluir obras inacabadas, além de iniciar grandes projetos, como o metrô de Belo Horizonte e o Rodoanel Metropolitano. Por fim, reforçou a necessidade de uma “sucessão bem definida” e citou seu vice-governador Mateus Simões (Novo) como possível sucessor.