Comerciante é morto após levar tiro em abordagem da PM no Barreiro
Publicado em 26/02/2025 07:24
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Um homem morreu após uma abordagem da Polícia Militar no bairro Águas Claras, na regional do Barreiro de Belo Horizonte, na noite dessa segunda-feira (24).

A vítima foi identificada como Frederico Souto de Azevedo, de 27 anos. Ele, que era conhecido como “Fred” pelos vizinhos, era proprietário de comércios na região.

O episódio aconteceu na Travessia Dílson de Jesus, em frente a um conjunto de apartamentos.

A abordagem

No boletim de ocorrência, a Polícia Militar de Minas Gerais alega que foi ao endereço após receber uma chamada de que havia um indivíduo armado na comunidade.

Chegando lá, a equipe se deparou com um homem de camisa preta correndo com uma arma nas mãos em direção ao conjunto de apartamentos. Os militares tentaram abordar e cercar o homem, mas o perderam de vista.

Foi quando Frederico, que estava de camisa verde, saiu do condomínio e foi abordado pelos PMs.

Os militares alegam que ele estava “nervoso e se negando a se postar em posição de busca pessoal, desobedecendo as diversas ordens emanadas” e que “populares se aglomeraram a fim de impedir a busca pessoal, invadindo a área de segurança da guarnição”, conforme registrado.

Uma testemunha, que não será identificada, alega que Frederico saiu na rua para buscar um carro e se desesperou após os militares baterem na irmã dele que estava gravando. Imagens obtidas pela Itatiaia mostram um dos policiais dando um tapa na mulher.

O comerciante fugiu da abordagem, e os policiais começaram a correr atrás dele. Os PMs realizaram disparos de elastômetro e de calibre 12 para tentar conter o abordado.

A polícia alega que Frederico sacou um revólver calibre .38 e apontou a arma para um dos militares, que disparou duas vezes após pedir para o abordado largar a arma e não ser atendido, segundo o boletim de ocorrência.

Testemunhas ouvidas pela Itatiaia afirmaram que o comerciante não estava armado e não tinha passagens pela polícia.

“Ele não tinha passagem nenhuma pela polícia, envolvimento nenhum com criminalidade nenhuma. Era trabalhador. Não era usuário nem nada, ele era trabalhador, guerreiro, estava conquistando vários outros comércios. Era muito gente boa, humilde demais”, diz uma mulher, que não será identificada.

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