Será enterrado nesta quarta-feira (26) o empresário Frederico Souto de Azevedo, de 27 anos, que morreu após uma abordagem policial na noite da última segunda feira no bairro Águas Claras na VIla Pinho que morreu após abordagem policial no Barreiro, em Belo Horizonte. O ocorrido, que está sendo investigado pela Corregedoria da Polícia Militar, levanta questões sobre o uso da força e procedimentos policiais.

Segundo uma testemunha, que preferiu não se identificar, a abordagem começou quando o empresário saía de casa para encontrar seu cunhado. “A abordagem começou quando ele estava saindo na rua para encontrar o seu cunhado. Eles iam sair, iam buscar um carro que são deles mesmo”, relatou a moradora.

A situação rapidamente escalou, conforme a testemunha: “Os policiais abordaram ele de uma forma agressiva, porque eles estavam atrás de outras pessoas, confundiram ele. Já chegou batendo, pedindo para ele colocar a mão na parede”.

A testemunha enfatizou que a vítima não estava armada e era conhecida na comunidade como um trabalhador e empreendedor.

Escalada da violência

O relato indica que o empresário ficou agitado quando os policiais começaram a agredir sua irmã, que estava filmando a ocorrência. “Ele ficou nervoso porque começaram a bater na irmã dele, começaram a agredir a irmã dele porque ela estava gravando o policial”, explicou a testemunha. Foi nesse momento que a vítima, confusa e assustada, tentou fugir.

A testemunha questiona a ação policial: “Depois que atirou, gritou: ‘solta a arma, solta”’ Mas cadê a arma? Depois que balearam ele, pegaram ele como se fosse uma camisa de um pano sujo, jogaram na viatura e saíram com ele”.

Familiares agora buscam respostas sobre as circunstâncias da morte do empresário. “Agora queremos saber como que ele chegou no hospital com o pescoço quebrado, se ele saiu daqui vivo gritando de dor’, questionou a testemunha.

O corpo está sendo velado em na Igreja Evangelho Quadrangular, no Águas Claras, no Barreiro, até as 10 horas. A partir das 11h, o Frederico será enterrado no Cemitério da Paz, no bairro Caiçaras, na região Noroeste.

A Corregedoria da Polícia Militar está conduzindo uma investigação para apurar os fatos e determinar se houve excesso por parte dos policiais envolvidos na abordagem.