O papa Francisco, de 88 anos, teve piora no quadro respiratório, segundo novo boletim do Vaticano da tarde desta sexta-feira (28).
O pontífice apresentou uma crise isolada de broncoespasmo que resultou em um episódio de vômito com aspiração e um ‘agravamento repentino do quadro respiratório’.
O broncoespasmo é a contração das vias aéreas que dificulta a passagem de ar para os pulmões e provocar sintomas como tosse, chiado no peito ou falta de ar. Quando grave, o broncoespasmo pode colocar a vida em risco.
‘O Santo Padre foi prontamente submetido a uma broncoaspiração e iniciou a ventilação mecânica não invasiva, com uma boa resposta nas trocas gasosas’, informou o boletim do Vaticano.
Internado há 13 dias, desde o dia 14 de fevereiro, no Hospital Gemelli de Roma, o pontífice foi diagnosticado com pneumonia bilateral - que atinge os dois pulmões - no último dia 18.
O prognóstico do papa permanece reservado, ou seja, não há previsão de recuperação até o momento.
No entanto, Francisco ‘permaneceu sempre vigilante e orientado, colaborando com as manobras terapêuticas’ nesta sexta (28).
Histórico de saúde do papa
O chefe da Igreja Católica, que assumiu o cargo em 2013, sofreu vários problemas de saúde nos últimos anos. As doenças o forçaram a adiar excursões ou descansar por alguns dias devido a dores no joelho e no quadril, e até mesmo a passar por uma cirurgia abdominal.
Em 2023, Francisco, que teve parte de um dos pulmões removido quando era jovem, ficou hospitalizado por três noites com bronquite e se recuperou com antibióticos. Quando ele era jovem, parte de um dos seus pulmões foi removido.
Em dezembro do mesmo ano, também devido a uma bronquite, o pontífice desistiu de participar na COP28 de Dubai, a grande reunião de cúpula anual do clima, organizada pelas Nações Unidas.
No dia 14 de fevereiro deste ano, o papa também foi hospitalizado por quadro de bronquite. Depois teve novo diagnóstico de infecção polimicrobiana e em seguida pneumonia nos dois pulmões.