Caso Vitoria: depoimento de ex tem contradição e suposta relação com Pcc
Publicado em 07/03/2025 06:39
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O delegado Aldo Galiano Junior, da Seccional de Franco da Rocha, conversou, na tarde desta quinta-feira (6), com a imprensa e deu detalhes do ‘quebra-cabeça’ que envolve a morte de Vitoria Regina, de 17 anos.

Segundo Aldo, pelos depoimentos colhidos, há indícios de vingança pela brutalidade que a jovem sofreu e também existem contradições no depoimento do ex-namorado dela, Gustavo Vinicius Moraes, de 26 anos.

De acordo com o delegado, as seis pessoas que cruzaram com a jovem na noite do crime estão sendo investigadas, desde os homens que supostamente a seguiam no ônibus, como os jovens que mexeram com a jovem quando ela desceu do ônibus, além do atual e do ex-namorado. Além disso, Aldo também disse que todas essas pessoas se conhecem.

O ex-namorado de Vitória é um dos principais suspeitos. Segundo a polícia, eles namoraram por quatro meses e a família não aprovava o relacionamento, que terminou em janeiro deste ano.

Na noite do crime, além da amiga, Vitória mandou mensagem ao ex, pedindo uma carona. A polícia chegou a pedir a prisão temporária de Gustavo, mas a Justiça negou.

Gustavo se apresentou na tarde desta quinta-feira (6), na delegacia de Cajamar. Segundo o delegado, ele estava se sentindo ameaçado.

Há provas que colocam ele na região onde o corpo foi localizado, no dia em que ela desapareceu, 26 de fevereiro.

O carro de Gustavo, um Corolla vermelho, foi periciado. Fios de cabelo foram localizados e serão analisados pelo IML (Instituto Médico Legal) da capital. O resultado fica pronto nesta sexta-feira (7).

Gustavo disse a polícia, que no momento em que a jovem desapareceu, estava com uma namorada. A garota confirmou em depoimento essa versão.

Outro jovem chamado Gustavo, atual namorado da jovem, foi descartado das investigações até o momento. A polícia afirmou que o ex e o atual são amigos.

Outro detalhe dito pelo delegado é que o crime foi praticado ‘em um lugar diferente de onde o corpo foi localizado’, o corpo estava em decomposição por volta de 4 a 5 dias, e ela estava desaparecida há 7 dias.

O delegado também afirmou que Gustavo, o ex namorado, será ouvido novamente.

Brigas com a família

A polícia também disse que a jovem estava saindo de casa, pretendia morar na casa da irmã que mora próximo do shopping de Cajamar, onde Vitoria trabalhava, e que tinha brigas frequentes com os pais. O delegado afirmou que ninguém da família tem envolvimento com o crime organizado.

Envolvimento com o PCC

O corpo da jovem estava com a cabeça raspada, sem roupa e com a aorta rasgada, na região do pescoço. Segundo o delegado, são práticas de punição feitas por membros do PCC, quando um membro da facção é traído.

O corpo de Vitoria Regina foi sepultado nesta quinta-feira (6) as 18h, no Cemitério Municipal de Cajamar.

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