Nessa quinta-feira (13), a Polícia Civil de Minas Gerais repassou à imprensa detalhes da investigação do assassinato de Clara Maria Venâncio, de 21 anos, em Belo Horizonte.
O corpo da jovem foi encontrado enterrado nessa quarta-feira (12) na casa de um dos autores, que fica na Rua Frei Leopoldo, no bairro Ouro Preto, localizado na regional da Pampulha.
A investigação da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) aponta que ela foi assassinada na noite de domingo (9) após sair do trabalho.
Dois autores confessos, de 27 e 29 anos, estão presos. Um terceiro homem, de 34 anos, chegou a ser conduzido, mas foi ouvido e liberado. Nenhum deles tinha passagem pela polícia.
Como aconteceu o crime?
Clara Maria foi assassinada enforcada na noite de domingo (9). O crime aconteceu na casa de Thiago Schaffer Sampaio, um dos suspeitos.
Os autores confessaram que mataram a jovem enforcada na cozinha do imóvel com um golpe de “mata leão”. Eles escolheram cometer o crime especificamente nessa data, porque a vítima estava de folga no dia seguinte e não teria a ausência notada no trabalho.
O corpo foi enterrado no jardim da residência na tarde de segunda-feira (10), e foi identificado por conta das tatuagens.
Quem matou Clara Maria?
A vítima havia marcado de encontrar com o ex-colega de trabalho Thiago Schaffer Sampaio, de 27 anos, para buscar R$ 400 que ele a devia.
Thiago a atraiu para a sua residência, onde aguardava Lucas Rodrigues Pimentel, de 29 anos.
Qual a motivação do crime?
Thiago Schaffer Sampaio devia R$ 400 a Clara Maria. Ele contou aos policiais que a matou para roubá-la.
A investigação da PCMG também descobriu que ele tinha interesses sexuais pela vítima, que nunca correspondeu às investidas.
Lucas Rodrigues Pimentel disse para testemunhas que iria matar Clara Maria por a jovem o xingar após ele realizar um gesto nazista em um bar.
Além disso, as testemunhas alegam que o autor confesso afirmou em determinada ocasião que tinha interesse de cometer crimes de necrofilia ato sexual com cadáver.
Suspeita de necrofilia
Por conta das informações repassadas por testemunhas de que Lucas Rodrigues Pimentel tinha interesse em praticar necrofilia, a Polícia Civil trabalha com a hipótese de que o cadáver de Clara Maria tenha sido abusado sexualmente.
As autoridades aguardam o resultado do relatório da necropsia para confirmar se houve o estupro após o assassinato.
Quem era Clara Maria?
Clara Maria Venâncio Rodrigues era natural de Uberlândia, no Triângulo Mineiro, e estava desaparecida desde o último domingo (9).
Ela trabalhava em uma conceituada padaria artesanal na Avenida Fleming, que fica no bairro Ouro Preto, na Pampulha, Belo Horizonte.
A jovem era apaixonada por skate e participava de grupos de skatistas. Além disso, era artista e sonhava em ter a arte reconhecida. Ela desenhava, fazia grafite e artesanato.
Na capital mineira, Clara Maria morava com um amigo.