A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu um alerta após dois casos de botulismo associados à aplicação de toxina botulínica (botox), usada em procedimentos estéticos e terapêuticos.
A Anvisa recomenda que as aplicações sejam feitas apenas por profissionais habilitados, em locais autorizados, utilizando produtos registrados na agência e seguindo as especificações da bula.
Após revisar notificações e bulas de outros países, a Anvisa determinou que as empresas que produzem toxina botulínica incluam em bula o risco de a substância afetar áreas distantes do local da injeção, podendo causar sintomas graves de botulismo horas ou semanas após o procedimento.
Os sintomas incluem visão borrada, pálpebras caídas, fala arrastada e dificuldade para engolir e respirar.
O botulismo é causado pela toxina da bactéria Clostridium botulinum. Em casos graves, a doença pode provocar paralisia muscular generalizada e até morte. A Anvisa reforça que a aplicação imediata de antitoxina botulínica é essencial para conter a progressão da paralisia e evitar complicações.
Pacientes devem ser informados sobre o produto utilizado, incluindo lote e fabricante, para garantir a rastreabilidade. A Anvisa recomenda que os profissionais registrem essas informações no prontuário do paciente e sigam o intervalo indicado entre as aplicações.