O julgamento do recebimento (ou não) da denúncia contra o núcleo que teria liderado o plano de golpe de Estado no fim de 2022 seguirá um rito extraordinário na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF).
O que poderia acontecer em três semanas, poderá ser definido em apenas dois dias. A análise da acusação contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e aliados está marcada para começar em 25 de março e deve ter três sessões em dois dias.
O presidente do colegiado, ministro Cristiano Zanin, quer que a primeira sessão, na manhã do dia 25, seja destinada para ouvir as defesas dos acusados e a Procuradoria-Geral da República (PGR), que apresentou a denúncia.
A segunda (na tarde de 25 de março) e a terceira sessão (na manhã do dia 26) devem ser destinadas para os votos dos ministros.
A Primeira Turma do STF é formada pelos ministros Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Flávio Dino e Luiz Fux, além de Zanin.
Um eventual pedido de vista (suspensão do julgamento para mais tempo de análise) pode acontecer, mas a expectativa é que não haja interrupções.
Jair Bolsonaro foi denunciado por cinco crimes: liderar organização criminosa armada; tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito; Golpe de Estado; dano qualificado pela violência e grave ameaça; e degradação de patrimônio tombado.
O ex-presidente nega as intenções de golpe de Estado.