Tomate, ovo e café puxam alta da inflação em 0,56% em março, diz IBGE
O grupo Alimentação e Bebidas teve o maior impacto no índice de março, com alta de 1,17%, respondendo por cerca de 45% do IPCA do Mês
Publicado em 11/04/2025 10:55
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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, registrou alta de 0,56% em março, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado foi influenciado, principalmente, pela alta nos preços dos alimentos.

Apesar da alta registrada este ano, o índice representa uma desaceleração em relação a fevereiro, quando o IPCA subiu 1,31%. No acumulado de 2024, a inflação já soma 2,04%. Já no período de 12 meses, o IPCA atingiu 5,48%, acima do teto da meta estipulada pelo Banco Central, que é de 4,5%. A meta central é de 3% ao ano, com tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

Alimentos lideram as altas

O grupo Alimentação e Bebidas teve o maior impacto no índice de março, com alta de 1,17%, respondendo por cerca de 45% do IPCA do mês. Entre os itens que mais pesaram no bolso do consumidor estão o tomate, com aumento de 22,55%; o ovo de galinha, com 13,13%; e o café moído, com 8,14%.

A alimentação fora do domicílio também contribuiu para o resultado, acelerando para 0,77% em março. A refeição (0,86%) e o cafezinho (3,48%) apresentaram altas superiores às do mês anterior, enquanto o lanche (0,63%) teve leve desaceleração em relação a fevereiro (0,66%).

Cultura e lazer também impactaram índice

O grupo Despesas Pessoais, que teve a segunda maior variação no mês (0,70%), foi influenciado principalmente pelo subitem cinema, teatro e concertos, que subiu 7,76%. O aumento reflete o fim da Semana do Cinema, que ocorreu em fevereiro e ofereceu ingressos promocionais.

Todos os grupos registram alta

Todos os nove grupos de produtos e serviços analisados pelo IBGE apresentaram alta em março. Veja a variação de cada um:

Alimentação e bebidas: 1,17%

Habitação: 0,24%

Artigos de residência: 0,13%

Vestuário: 0,59%

Transportes: 0,46%

Saúde e cuidados pessoais: 0,43%

Despesas pessoais: 0,70%

Educação: 0,10%

Comunicação: 0,24%

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