A revista inglesa ‘The Economist’ publicou na edição desta semana um artigo analisando o cenário do Supremo Tribunal Federal (STF) e com vários questionamentos sobre a atuação do ministro Alexandre de Moraes.
Com o título “O Supremo do Brasil está em julgamento: como um juiz superstar apresenta uma concentração excessiva de poder”, a matéria do jornal britânico avalia que o STF deveria exercer suas atividades com maior “moderação”, ou poderá se tornar o centro de uma crise de confiança entre os brasileiros.
A publicação trata ainda do caso do ex-presidente Jair Bolsonaro, que será julgado na primeira turma do tribunal. O ex-presidente é acusado de tramar um golpe de Estado após perder as eleições em 2022. O caso de Bolsonaro, segundo a revista, deveria ser julgado pelo plenário do Supremo
“Dos cinco integrantes da turma, um é ex-advogado pessoal de Lula (Cristiano Zanin) e outro é seu ex-ministro da Justiça (Flávio Dino). O julgamento, portanto, corre o risco de reforçar a percepção de que o tribunal é guiado tanto pela política quanto pela lei”, diz a revista.
Ainda segundo a ‘The Economist’, Alexandre de Moraes está exercendo “poderes surpreendentemente amplos, que têm como alvo predominantemente atores de direita”.