O governador Romeu Zema (Novo) afirmou nesta segunda-feira (21), durante a cerimônia da Medalha da Inconfidência, que o Brasil hoje passa por um momento em que as liberdades não estão sendo asseguradas.
“Aqui, na antiga Vila Rica, há mais de dois séculos, Tiradentes foi condenado à forca e teve o corpo esquartejado por reivindicar uma condição que, hoje, mais do que nunca, precisamos estar atentos: liberdade para todos. Hoje, embora o Brasil tenha um regime democrático consolidado, com garantias asseguradas pela Constituição, a liberdade – infelizmente - não está assegurada”, disse Zema.
“É preciso, além de todas as teorias e leis, que os políticos façam valer a garantia da liberdade no nosso dia a dia. Todo governante deve entender a liberdade no sentido mais amplo: liberdade é o direito de manifestar opinião, de ir para onde quiser e voltar com segurança para casa”, continuou.
O governador é um dos defensores do projeto de anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023. No início deste mês, Zema participou de uma manifestação ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que teve como tema principal a anistia.
Recado para Hugo Motta
Sem citar o projeto de anistia em seu discurso nesta segunda-feira (21), Zema mandou um recado ao presidente da Câmara, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), principal homenageado no evento e que vem sendo pressionado a pautar o projeto de anistia.
“Sinto confiança que o novo presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, nosso homenageado neste ano, tem a mesma percepção sobre o que é a liberdade. O mais jovem deputado a presidir a Câmara do Legislativo Federal tem perfil conciliador e agregador: uma combinação fundamental para que a liberdade seja prática e útil, e não apenas uma teoria”, afirmou Zema.
O presidente da Câmara, no entanto, já havia deixado a cerimônia da Medalha da Inconfidência, em Ouro Preto, para participar de uma outra cerimônia de homenagem a Tancredo Neves, em São João del Rey.