A Polícia Civil do Maranhão confirmou, nesta quarta-feira (30), que o ovo de Páscoa ingerido por uma família na cidade de Imperatriz continha chumbinho - veneno usado para matar ratos, com venda proibida no Brasil.

Evelyn Fernanda Rocha Silva, de 13 anos, e Luís Fernando, de 7 anos, morreram com cinco dias de diferença. A mãe deles, Mirian Lira, também passou mal e precisou ser internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e intubada. Ela já recebeu alta do hospital e agora luta por Justiça.

De acordo com o laudo da perícia, o veneno estava no corpo das vítimas, no ovo de Páscoa e no no material recolhido com Jordélia Pereira Barbosa, de 35 anos, quem enviou o ovo para a família. Após o resultado do laudo, a Polícia Civil concluiu o inquérito e deve indiciar a suspeita por duplo homicídio e tentativa de homicídio por envenenamento.

Jordélia está presa desde o dia da morte de Luís Fernando e nega ter cometido o crime. Ela é ex-mulher do namorado de Mirian. Segundo a Polícia Civil do Maranhão, a suspeita é de que Jordélia tinha ciúmes e queria se vingar do ex. Jordélia já havia ameaçado Mirian anteriormente.

‘Quero que seja feita justiça’

Em entrevista à TV Globo, Mirian Lira, que é operadora de caixa, afirmou querer justiça e relatou que nunca imaginaria que o ovo de Páscoa pudesse ter algum veneno. “Só Deus mesmo. Daqui para frente não tenho nem um pouco de noção como que vai ser. Só quero que seja feita justiça porque foram meus dois filhos que eu não vou ter mais de volta. Então é só o que eu peço: justiça”, disse.

“Quando chegou a embalagem, me ligaram, né? Me perguntaram se eu tinha recebido. Só que na minha cabeça, eu achei que fosse o povo da Cacau Show confirmando se eu tinha recebido a embalagem. Eu apenas falei que tinha recebido e não procurei investigar de onde vinha”, completou.